31-12-2022

12h:07

Maria do Rosário Frões*

Fotografei botões em flor do meu limoeiro. Só queria lhe impactar. Já que me ofereceu borboleta azul, lhe digo, não tentarei resgatá-la, linda, sensível e vibrante e muito além do que posso voar, só posso contemplar.

Agarrada a esperança do verde esfuziante e o branco da paz em botão, mirei o seu querer; só queria ser capaz de interpretar a mensagem textual de seu ser visionário, do ser que realmente escreve com compaixão; do coração que só sabe conjugar o verbo amar.

Divide-se árvore que oferece frutos e sementes do amor que deve ser vivido na potencialidade máxima da emoção.

Esperemos, pois, que 2023 chegue como o mel extraído do pólen.

Que venha para adoçar as bocas e curar as amarguras do coração.

Que possamos viver 2023 contemplando as flores e as borboletas azuis com esperança e muito amor no coração.

Que nossas riquezas vividas, em razão da emoção, não sejam exploradas em razão da ambição.

Que em nossas terras resistam as palmeiras, as araucárias, os pequizeiros, os beija-flores beijando uma flor de cada vez.

Que o sertanejo seja saciado com cada gota de orvalho caído do céu.

Que embora haja desigualdade social, seja respeitado, apenas e simplesmente seu berço, o minério que brota da terra, a vida simples igual solo mineral, sem igualdade social.

Que levem meus minérios, construam o berço de ouro.

Assim se faz a igualdade social?

E como fica a responsabilidade por vidas, no País, em que muitos nascem em desigualdade?

*Advogada no Rio de Janeiro (RJ)