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É importante se conscientizar, o lítio não tem muito tempo de protagonismo

É importante se conscientizar, o lítio não tem muito tempo de protagonismo

É o que diz artigo de uma publicação chamada “Elements”. Em Minas o mineral é explorado no Jequitinhonha pela CBL e a partir de abril de 2023 a Sigma Lithium inicia operação.

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Direto da Redação

29-12-2022

08h:00

Um texto assinado por Govind Butada, com gráficos e design de Sam Parker, na publicação “Elements”, matéria intitulada “Visualizando 25 anos de produção de lítio, por país”, foi concluída com o que se pode chamar de advertência, dentro daquela máxima de que “minério não dá duas safras”.

“...O mercado de lítio está projetado para ser deficitário nos próximos anos”, com essas palavras, Govind Butada encerrou o texto, antes já justificado, “embora a oferta esteja em uma trajetória de crescimento exponencial, pode levar de seis a mais de 15 anos para que novos projetos de lítio entrem em operação”.

Mas por enquanto, o lítio, que em Minas Gerais é explorado no Vale do Jequitinhonha pela Companhia Brasileira de Lítio (CBL) e a partir de abril de 2023 a Sigma Lithium inicia operação também em Araçuaí e Itinga está em fase final de implantação.

O diferencial da Sigma, que tem à frente a CEO Ana Cabral Garnder, economista, possui tecnologia para produzir lítio de alto teor, o chamado “lítio verde”, que bem atende as exigências atuais do mercado, tendo em vista tecnologia dentro dos padrões ESG.

A Sigma, conforme Ana Cabral disse ao Diário de Minas, por meio de vídeo conferência – ela de Nova Iorque e nós aqui – não possui barragem como outras mineradoras têm, com uso de água. Os rejeitos são depositados a seco.

Rejeito é só modo de dizer, porque tudo pode ser aproveitado do lítio, e a CBL pôde provar isso, recentemente, ao exportar para a China, pela via do Porto de Açu, no Rio de Janeiro, mais de 100 carretas e bitrens carregadas do que antes não tinha valor econômico e estava acumulado em sua planta.

China já abocanhou bons 90% do mercado e se está interessada em “rejeitos”, é porque sabe bem como aproveitá-los, o que explica a realidade de ser o maior do mundo na fabricação de tudo relacionado com o lítio.

CONSUMO

Uso final, consumo de lítio 2010 (%) e consumo de lítio 2021 (%), segundo a publicação “Elements”: baterias, 23% -74%; cerâmica e vidro, 31% - 14%; graxas lubrificantes, 10% - 3%; tratamento do ar, 5% - 1%; fundição contínua, 4% - 2%; outro, 27%  -  6%; total, 100% - 100%.

Sozinha, a Austrália produz 52% do lítio mundial. Enquanto o lítio do Chile é extraído de salmouras, o da Austrália é de rocha dura para o mineral espodumênio.

Pela primeira vez, a produção global de lítio bateu a casa de 100.000 toneladas, em 2021, quatro vezes mais em comparação com 2010.

Esta é classificação dos países produtores de lítio no mundo em 2021 por toneladas, o Brasil está em quinto lugar: Austrália 55.416 (52%); Chile 26.000 (25%); China 14.000 (13%); Argentina 5.967 (6%); Brasil 1.500 (1%); Zimbábwe 1.200 (1%); Portugal 900 (1%); Estados Unidos 900 (1%); resto do mundo 102 (0,1%); total 105.984 (100%).

Imagem da Galeria O Brasil figura em quinto lugar na quantidade de lítio a ser explorado, segundo o gráfico
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