Matriz barroca de São Bartolomeu, distrito de Ouro Preto, pede socorro para não ruir
Desde meados deste ano, vem sendo pedida a restauração do monumento. Os moradores fizeram, inclusive, uma manifestação em frente a matriz, pedindo sua restauração.
Direto da Redação
26-12-2022
08h:30
Interditada há quase quatro anos, a matriz do distrito de São Bartolomeu, em Ouro Preto (MG), leva os moradores a reclamarem urgentes iniciativas para recuperar o imóvel que, afinal, é do seu padroeiro, e eles veem passar mais um ano sem a necessária restauração.
O presidente da Adecosb – Associação de Desenvolvimento Comunitário de São Bartolomeu – chama atenção mais uma vez para o estado em que a matriz se encontra, com o teto despencando e as paredes na iminência de ruírem.
Todas as imagens sacras da matriz foram retiradas do local e o interior dela está coberta por lona, enquanto espera uma restauração que não chega. O imóvel é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1960 e se encontra interditado desde 2019, coberto por lona à espera de uma providência. A Prefeitura de Ouro Preto já tem, inclusive, as planilhas de custo de restauração prontas, à espera de uma atitude do Iphan.
Os moradores já fizeram até uma manifestação em frente a matriz barroa cobrando urgência na restauração, mas não surtiu o efeito necessário. Conforme a planilha de custo, a restauração da igreja foi estimada em R$ 6,5 milhões.
No entanto, o escritório técnico do Iphan em Ouro Preto afirma estar acompanhando a evolução do caso e já incluiu a restauração no Programa de Preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro e está prevista a restauração integral da matriz.
Desde meados deste ano que termina, o professor Carlos Magno de Souza Paiva, do Núcleo de Pesquisa em Direito do Patrimônio Cultural da Ufop vem pleiteando a restauração da matriz, sem sucesso.
Ele é também presidente do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultura e Natural de Ouro Preto, e tenta inserir a restauração da matriz como obra emergencial no Ministério Público de Minas Gerais, por meio da Plataforma Semente.