Português (Brasil)

Reflexão necessária antes do nascimento do Menino Jesus, aqui e em Belém da Judeia

Reflexão necessária antes do nascimento do Menino Jesus, aqui e em Belém da Judeia

Nós que viemos de longe e já faz tempo podemos perguntar: o mundo de hoje é melhor do que o mundo de décadas atrás? A resposta é sim e não.

Compartilhe este conteúdo:

22-12-2022

17h:48

Bento Batista*

Uma séria reflexão sobre o comportamento dos seres chamados humanos é imprescindível seja feita aproveitando o ensejo do Natal e do Ano Novo. Acompanhe o raciocínio, depois cada um faça a sua reflexão e tire as conclusões.

Todo ano quando principia o final, nós nos apressamos em trocar mensagens várias – “Feliz Natal” (*), “Boas Festas”, “Feliz Ano Novo”.

Entra ano sai ano é a mesma coisa. Tanto que essas mensagens ficaram comuns e até parecem ter perdido o encanto.

Ao refletir sobre isso, chega-se à seguinte conclusão: esses desejos contidos nas mensagens perdem o viço porque não possuem força suficiente para gerar consequências positivas. Foram, como se diz, “só de boca”, não saíram realmente lá do fundo do coração ou da alma, a maioria das mensagens é para cumprir formalidade ou demonstrar ser atencioso com o outro. Nada além.

Ao passarem o Natal e o Ano Novo também tudo volta à rotina de antes; e tudo morre como promessa não cumprida.

Com a falta de atitude, com a falta de prática diuturna do poder intrínseco e mágico das palavras contidas nas mensagens enviadas e recebidas, tudo acaba nisso só.

Nós que viemos de longe e já faz tempo podemos perguntar: o mundo de hoje é melhor do que o mundo de décadas atrás?

A resposta é sim e não. Sim porque a evolução tecnológica trouxe uma série de condições favoráveis à melhoria da qualidade de vida, porém, o lado negativo é demasiadamente negativo ao ponto de pôr em risco a vida no planeta. Ninguém, em sã consciência, irá discordar disso.

Enquanto as palavras e as mensagens se vão desgastando com o tempo, o mundo só deteriora. E um dos principais problemas dos dias atuais é a falta de segurança sob todos os aspectos e principalmente a insegurança pública nacional e internacional.

Há várias maneiras de desejar “bom dia” a alguém. Evidentemente, depende de como a pessoa vai por dentro. Mas se todos nós desejássemos mesmo que o outro tivesse um dia bom ao ponto de dar-lhe a atenção merecida, como ser da raça humana, o mundo seria melhor, porque o movimento no sentido de melhorar o mundo começa dentro de cada um de nós.

Será que estou cuidando de mim, dos meus pensamentos, das minhas palavras e das minhas ações devidamente, dentro de uma percepção holística? Claro, em meio a nós há, certamente, gente desnudada de egoísmo que faz “milagres” ao transformar as palavras em ações cotidianamente. Essas pessoas dão a Terra o necessário equilíbrio.

Quanto mais melhoramos os recursos de comunicação, mais nos distanciamos uns dos outros. Vivemos um paradoxo irremediável, porque assim caminha a humanidade, mergulhada no consumismo, mundo de obsolescência programada, no qual as pessoas têm importância se possuírem bens materiais.

E assim, quanto mais falamos, só da boca para fora em paz, menos paz o mundo tem. Nada adianta vestir camisa branca em nome da paz.

Quanto mais invocamos o amor só da boca para fora, mais a Humanidade sofre com o desamor. Há alguma coisa errada dentro de cada um.

As guerras aí estão cada vez mais estúpidas devido à facilidade de matar. Mata-se até em nome de “deus”, como se Deus fosse ruim ao ponto de ordenar a morte de alguém ou de uma população inteira.

Posso me considerar “defensor do otimismo” e quero continuar acreditando na Humanidade porque sempre há Esperança, a mãe da Fé. Mas, pela leitura da caminhada humana, se não houver o resgate dos “valores verdadeiros”, se os homens e as mulheres habitantes do planeta não derem uma guinada de rumo, a tendência da Humanidade, semelhante a uma grande boiada, é ir inexoravelmente para o corredor do frigorífico, destino reservado a todo gado de corte.

(*) Feliz verdadeiro Natal a todos. Vamos homenagear o aniversariante durante o ano inteiro e em uníssono cantemos parabéns para Ele. O menos do que isso são firulas.

Imagem da Galeria ´Presépio era a obra mais comum nas casas de antigamente, hoje papai noel ganha espaço
Compartilhe este conteúdo:

 

Synergyco

 

RBN