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Chuvas nada têm a ver com os seus estragos, culpada é a imprevidência humana

Chuvas nada têm a ver com os seus estragos, culpada é a imprevidência humana

Enquanto as administrações públicas não levarem a sério a necessidade de preparar as cidades para receberem as chuvas, que são criadeiras, as enchentes irão acontecer e tornar-se-ão crônicas.

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Direto da Redação

21-12-2022

18h:06

Sabará, cidade histórica da Região Metropolitana de Belo Horizonte, viveu de ontem para hoje um pesadelo semelhante ao vivido pela capital recentemente. Chuvas forte fizeram o Rio Sabará sair do seu leito e invadir a Avenida Prefeito Vítor Fantini e a Rua Pereira Vieira localizadas às suas margens.

Parece não haver nenhuma dúvida de que as chuvas não têm a menor responsabilidade pelos estragos feitos, porque toda a culpa cai sobre os ombros da própria população, tanto em Sabará como em Belo Horizonte.

Como disse o médico e ambientalista Apolo Heringer se as autoridades do município não se despertarem para cuidar das cabeceiras dos rios e córregos, o fenômeno das enchentes irá acontecer sempre porque, além dos desmates, o asfaltamento das vias públicas com os seus bueiros entupidos, são dos principais fatores que contribuem para inundações.

Apolo Heringer até lançou uma sugestão às autoridades, planejarem um fórum de debates a fim de discutir com seriedade essas questões e colher recomendações para solucionar os problemas, senão todo ano, caso chova com aconteceu aqui e em Sabará, os problemas se repetirão porque tornaram-se crônicos.

Para identificar possíveis desalojados e desabrigados, a Defesa Civil passou o dia percorrendo os pontos atingidos em Sabará. O Corpo de Bombeiros foi chamado três vezes, sendo duas para atender desabamentos nos bairros Vila Eugênio Rossi e Nossa Senhora de Fátima. E no Bairro Rosário, uma árvore caiu e atingiu cerca de dez carros.

A sabedoria popular ensina, que “são seis anos de seca e seis anos de águas”. Nós estamos no quarto ano de chuvas mais intensas, um sinal para as prefeituras de Belo Horizonte e de Sabará, que terão tempo de se prepararem para a próxima estação chuvosa, porque nesta nada se pode fazer a não ser contabilizar os prejuízos, frutos da imprevidência humana.

O ex-prefeito Alexandre Kalil culpa os empresários por ocorrências do tipo na capital, justificando que eles, visando interesses próprios, foram contra o Plano diretor de BH. Pelo que deixou no ar, o Plano Diretor teria a solução para conter as enchentes aqui.

Imagem da Galeria O Rio Sabará transbordou e levou transtorno para a cidade, que viveu um pesadelo
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