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Pontualmente, em Minas Gerais se repete caso da raposa cuidando do galinheiro

Pontualmente, em Minas Gerais se repete caso da raposa cuidando do galinheiro

É o que a autora deste artigo chegou à conclusão, depois de tantos exemplos que já viu e ainda vê em sua lida profissional, antes e depois de ter fixado residência fora de sua terra natal.

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14-12-2022

06h:28

Maria Do Rosário Fróes*

O que acontece em Minas Gerais, simbolicamente, é semelhante ao caso da raposa cuidando do galinheiro; os interesses dos políticos são pessoais.

A grilagem de terras devolutas é comum, um crime que encontra amparo nas brechas da lei que dá aspecto legal, ao crime cometido, grilagem judicial.

Tudo isso ou quase tudo vem do poder constituído, é de conhecimento da maioria dos sertanejos a transformação de propriedade do povo para propriedade privada, o maior latifundiário autor dessa prática é um deputado federal.

Hoje tramita um projeto de lei de número 6.411/2016 de autoria de Newton Cardoso Júnior que prevê dispensa ambiental para áreas consideradas em “reflorestamento” como a monocultura de eucalipto, por aí vai.

Minas Gerais é um Estado ilegalmente fatiado, a voz do povo não importa.

Os moradores da capital não querem nem saber da desgraça do sertanejo, que vive a miséria e a exploração do Sertão.

Iludidos pela facilidade de pegar sua água na torneira não se ocupam das nascentes assoreadas, deixadas à sua própria sorte. As árvores do Sertão são baixas e com raízes profundas para proteção do lençol freático, em especial a cagaita.

Com a exploração minerária, o problema vai se agravar, com certeza. A destruição provocada por mineradora é muito maior.

Gentes de Minas, acordem, deixem seus berços esplêndidos. Preservem, seu Sertão, que vive em agonia. Vai acabar.

Naturalmente depois da exploração do minério de ferro, em Grão Mogol, os chineses, de burras cheias, vão te abandonar.

Tal e qual os portugueses fizeram com a exploração de nossas pedras preciosas.

E a Sigma Lithium, canadense, está começando a fazer nos municípios de Itinga e Araçuaí, neste Vale do Jequitinhonha, com a exploração do lítio.

*Maria Do Rosário Fróes é nascida em Grão Mogol, no limiar do Norte de Minas com o Vale do Jequitinhonha; advogada, residente no Rio de Janeiro (RJ).

Imagem da Galeria Maria do Rosário nasceu em Grão Mogol, formou-se em advocacia e se mudou para o Rio de Janeiro
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