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No Presépio Natural Mãos de Deus, em Grão Mogol, o Menino Jesus nasce a todo momento

No Presépio Natural Mãos de Deus, em Grão Mogol, o Menino Jesus nasce a todo momento

O empresário Lúcio Bemquerer investiu uma boa soma em dinheiro para construir o maior presépio a céu aberto do mundo e antes de falecer o doou à paróquia local de Santo Antônio.

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Direto da Redação

13-12-2-022

09h:35

Alberto Sena*

É quando se aproxima o Natal do Menino Jesus que vem na lembrança o Presépio Natural Mãos de Deus, o maior do mundo, construído pelo empresário Lúcio Marcos Bemquerer, Lúcio Bemquerer chamado, na terra natal dele, Grão Mogol, no limiar do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha.

Ele faleceu em 23 de outubro de 2021, mas em vida doou o presépio à paróquia de Santo Antônio e a administração pública local se prontificou a dar apoio, mas pelo que disse o secretário de Cultura, (...), não havia nenhuma programação para o presépio devido a temporada de chuva. Justificou dizendo que acontece de marcar um evento para o presépio e é transferido de local por causa das chuvas.

O que Lúcio Bemquerer fez em Grão-Mogol, ao revelar ao mundo o Presépio Natural Mãos de Deus, é um exemplo de “loucura lúcida”.

Como sociólogo, economista, homem de negócios, ele, que durante 20 anos ficou longe de lá, enxergou no perímetro urbano da cidade, o que ali está havia milhões de anos à espera de alguém predestinado a revelar o que o mato cobria, lotes que ninguém neles tinha interesse. “Um amontoado de pedras sobre pedras em harmonioso desalinho”, como ele próprio definia.

O presépio já estava pronto. Mas precisava que alguém criasse a infraestrutura para tornar acessível o que “as mãos de Deus semearam”, prioritariamente às pessoas com necessidades especiais, os cadeirantes, daí a necessidade de construir rampas entre as pedras, sem retirar nenhuma.

A inauguração do presépio, em nove de dezembro de 2011, foi um acontecimento marcante tanto quanto a obra em si, como para Grão Mogol.

Em Grão Mogol, as pedras falam – e ouvem. Neste momento, as pedras falam para o mundo inteiro ouvir, que o Menino Jesus se mostra ali na lapa/manjedoura do Presépio Natural Mãos de Deus, obra perene, eterna enquanto durar a vida do planeta Terra. Porque eterna é a mensagem de conteúdo sempre novo, que de novo o Menino Jesus nos traz.

Enquanto “um amontoado de pedras sobre pedras em harmonioso desalinho”, para se revelar ao mundo como presépio, havia a necessidade de alguém, homem ou mulher, retirar os véus. Coube a Lúcio Bemquerer fazer a revelação. A obra agora é da humanidade e já ganhou repercussão na mídia internacional.

A notícia do surgimento do presépio em Grão-Mogol soou feito o barulho do impacto de um meteoro descido sobre as águas paradas de um grande lago. Simplesmente porque o presépio, idealizado em 1223 por são Francisco de Assis, não morreu. Se alguém achar que o presépio morreu, não crê na ressurreição dos mortos, pois o presépio aí está e chama a atenção do mundo por ser o maior em sua categoria de “natural, perene e a céu aberto”.

Por tudo o presépio chama atenção: por ser presépio; por ser grande e alto (30m2); por possuir personagens bíblicos do nascimento do Menino Jesus em tamanho natural; por dispor de uma “Sala de Preces”, onde os frequentadores podem acender velas; por possuir palco onde se podem apresentar corais e outras manifestações culturais; por ter dois mirantes, e por possuir um “Recanto de Pássaros”. 

Quem no presépio trabalhou, desde o mais simples operário, alguns ex-presidiários, passando pelo mestre de obras, os fornecedores, o escultor criador dos personagens em cimento, todos se orgulharam do fato de terem ajudado Bemquerer a transmudar aquilo que aparentemente quase nenhuma utilidade tinha, e que parecia “uma loucura” de alguém tão Lúcio, quero dizer, lúcido. 

Imagem da Galeria Ao que tudo indica, no Presépio Mãos de Deus, onde o Menino Jesus nas a todo momento, não haverá nenhma cerimônia
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