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Santana dos Montes é “Patrimônio Híbrido”, reconhecimento que buscava há 14 anos

Santana dos Montes é “Patrimônio Híbrido”, reconhecimento que buscava há 14 anos

Histórica, a cidade é tranquila, de gente pacata, onde a gente pode dar um mergulho no passado e visitar fazendas centenárias e apreciar um cenário natural dos mais bonitos.

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11-12-2022

06h:21

Sérgio Moreira*

A pequena Santana dos Montes, com apenas 3,8 mil habitantes atualmente, conquistou um título inédito em 2022. É a primeira cidade mineira reconhecida como Patrimônio Híbrido pelo Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (CONEP) e Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha/MG). Uma vitória de seus moradores e o reconhecimento do valor material e imaterial de uma das mais importantes cidades históricas mineiras que há anos reivindicava esse reconhecimento.

A cidade histórica, com origens no século XVIII, é repleta de fazendas centenárias como a Fazenda da Posse e Fazenda Fonte Limpa, um rico centro histórico colonial, igrejas seculares como a Matriz, datada de 1740, paisagens nativas de Cerrado e Mata Atlântica, além de ser tradicional na culinária, na produção de vinhos e cervejas artesanais.

Conduzido pelo Iepha/MG, o processo de estudo, preparação e análise do dossiê formulado ao longo de dois anos, foi realizado pela entidade, em parceria com o poder público municipal, que reivindicava esse reconhecimento há 14 anos, empresários do setor hoteleiros e a comunidade local, que puderam opinar sobre os locais, ruas, festividades e bens materiais de relevância para a comunidade a serem tombados, portanto, protegidos.

O tombamento híbrido, pioneiro em Minas Gerais, engloba os bens materiais presentes no núcleo histórico de Santana dos Montes e seus símbolos religiosos, folclóricos e afetivos imateriais e culturais como atividades artísticas.

Em destaque para as Linguagens, Saberes e Expressões Musicais da Viola, as manifestações populares, expressadas na Folia de Reis e Congadas e o trajeto do cortejo dos cortes, além do símbolo maior desse bem imaterial da cidade, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, de grande relevância para a história do município.  Com o tombamento, os bens materiais e imateriais passam a ter proteção do Instituto Estadual do Patrimônio Artístico de Minas Gerais (Iepha), preservando em sua essência, sua arquitetura e tradições seculares.

A cidade faz divisa com Conselheiro Lafaiete, Itaverava, Rio Espera, Lamim, Capela Nova, Caranaiba e Cristiano Otoni, está a 120 km de Belo Horizonte, na Região Central Mineira.

É dotada de boa estrutura urbana, rede hoteleira e gastronômica muito bem avaliadas, pousadas lindíssimas em antigas e centenárias fazendas, com arquitetura e mobiliário de época, boa rede de prestação de serviços e um pequeno e variado comércio.

Além disso, a cidade é bem cuidada e tranquila. Seu povo pacato, simples e bastante hospitaleiros. 

Benefícios do tombamento híbrido

Além da proteção e preservação das tradições e história colonial da cidade, o tombamento trará significativas melhorias na economia do município, principalmente na área de turismo, além de trazer maior desenvolvimento urbano e rural com novos investimentos no comércio, ampliação do setor de prestação de serviços, aumento ou surgimento de pousadas, hotéis e restaurantes etc.

Isso movimentará a economia local, trazendo maior desenvolvimento e melhora da qualidade de vida de seus habitantes da área urbana e rural. 

Além disso, com o reconhecimento estadual, aumentará a pontuação de Santana dos Montes no ICMS Cultural, além do município estar a partir de agora, apto a captar mais recursos estaduais e federais, a serem investidos na preservação patrimonial da cidade e atividades culturais.

Coluna Minas Turismo Gerais Jornalista Sérgio Moreira  @sergiomoreira63  informações para a coluna sergio51moreira@bol.com.br

Imagem da Galeria A bela e histórica cidade, enfim, conseguiu alcançar o título almejado faz 14 anos
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