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Apolo Heringer culpa as administrações de BH pelos estragos feitos pelas chuvas criadeiras

Apolo Heringer culpa as administrações de BH pelos estragos feitos pelas chuvas criadeiras

Como ambientalista, ele desafia as autoridades da PBH e da Câmara Municipal pela falta de ações para conter os estragos das águas, que entra ano sai ano, se repetem. Até quando?

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10-12-2022

07h:49

Bento Batista*

O médico sanitarista, ambientalista, escritor e professor universitário Apolo Heringer Lisboa, ex-candidato a deputado estadual em Minas Gerais, disse que vem alertando há 20 anos as autoridades belo-horizontinas, mais especialmente a Prefeitura da capital e a Câmara Municipal sobre como lidar com as chuvas e as consequências dela.

Logo de cara, ele tratou de isentar as chuvas, que culpa nenhuma têm. Pior seria se não chovesse e se está chovendo bem, temos é de dar graças a Deus por isso, porque se não chovesse, nós iríamos viver reclamando da seca, e quem a conhece de perto sabe do que estou falando.

Apolo fez referência à repetição das cenas causadas pelo despreparo da cidade para receber as chuvas. As obras realizadas não são feitas como deviam. Ele acha que para conter essas enchentes, é necessário fazer obras para conter a vazão dos córregos nas cabeceiras.

No caso desse último desastre, segundo ele, foi tudo provocado pelo Ribeirão do Onça, e o caudal veio de Contagem, e porque as obras feitas servem mais para enriquecer as empreiteiras, segundo disse ele, os problemas continuam entra ano sai ano e tendem a piorar.

Enquanto o mundo inteiro fechou e abriu os cursos d’água, porque perceberam a bobagem que fizeram, aqui, estamos repetindo os erros deles. Lá fora, os cursos d’água que foram fechados estão abertos e os problemas de enchentes diminuíram.

Aqui, o Ribeirão Arrudas fechado como está já provocou problemas e mais recentemente, na administração Alexandre Kalil, o córrego do Leitão todo fechado na extensão da Avenida Prudente de Morais, entrando pela Rua São Paulo, simplesmente estourou o asfalto e causou o maior transtorno.

Apolo disse estar disposto a participar com as autoridades da administração da cidade, PBH e Câmara, de um fórum de debates sobre a questão, para que todos possam entender a raiz do problema e deixar de culpar as chuvas pelos estragos. Estragos esses que são provocados pela imprevidência humana.

Como profissional de imprensa, sou testemunha ocular desses eventos e para publicar catástrofes semelhantes, bastaria recorrer aos arquivos de filmes ou fotos para constatar a repetição das cenas.

Fica aqui, então, a pergunta: até quando os belo-horizontinos terão de conviver com isso?

*Jornalista

Imagem da Galeria O ambientalista Apolo Heringer desafia as autoridades a resolver o problemas da cidade
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