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Equipe de transição do governo Lula é contra a privatização do metrô de BH e da Ceasa

Equipe de transição do governo Lula é contra a privatização do metrô de BH e da Ceasa

A entrega do metrô para a iniciativa privada tem leilão marcado para o dia 22, dentro de três semanas. O da Ceasa também. Ambos podem não acontecer; ou pode acontecer, a toque de caixa.

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02-12-2022

09h:02

Tavares de Souza*

Nessa pendenga entre quem é a favor da privatização de instituições públicas, como o metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte e a Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa) e quem é contra, deve-se levar em conta, principalmente, o que uma coisa ou outra vai significar de melhoria para os usuários e a população mineira.

A abordagem dessa questão se faz necessário porque o leilão do metrô e da Ceasa já está marcado para o dia 22 de dezembro, dentro de três semanas, já com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, devidamente diplomado. E pelo que é ouvido e lido por esses dias, a equipe de transição do presidente Lula já sinalizou contrária tanto no caso do metrô como da Ceasa.

Será que se o metrô e a Ceasa privatizados os serviços vão melhorar e o custo disso será menor para os seus usuários e concessionários? As dúvidas persistem quanto a isso, e com a privatização, quem irá lucrar com a exploração da linha de metrô é um grupo particular, e será que na mão de um particular o povo ganha alguma coisa a mais?

E se a privatização não acontecer e tudo ficar como está, mas com a possibilidade de o governo federal investir na linha esticando-a um pouco mais. O presidente Jair Messias Bolsonaro, em campanha, havia prometido ao governador Zema recursos para esticar o metrô. Com a derrota dele, isso vai acontecer?

A impressão que se tem é de que os interessados na privatização querem resolver logo a pendenga ainda no governo de Bolsonaro, que vai dando os últimos suspiros. E se isso não acontecer, há que considerar que foram feitos investimentos na preparação do leilão.

Um presidente de perfil privatizador deixará o governo dentro de 29 dias e no lugar dele assume um presidente de perfil estatizante. Claro que neste momento estão ocorrendo conversações tanto de um lado como do outro.

Do lado dos contrários, aconteceu um “bananaço”, com os manifestantes distribuindo bananas para os passantes, induzindo à leitura de que o metrô está à venda por um preço antigo de banana, porque a fruta atualmente está cara e não serve mais como meio de comparação.

Os integrantes da ala dos privatizadores defendem a venda, e nessas negociações, o vice-governador eleito, professor Mateus Simões vem atuando, em nome do governador Romeu Zema, como apaziguador, mas defendendo a venda tanto do metrô como da Ceasa.

Pelo andar da carruagem, os próximos dias, senão as próximas horas serão decisivas para entregar ou não um bem à iniciativa privada. Como naquela brincadeira de chicotinho queimado, o prezado leitor poderá dar o seu pitaco, qual lado está mais quente?

*Jornalista.

Imagem da Galeria O leilão do metrô e da Ceasa está marcado para o dia 22 e pode não acontecer?
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