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Ministro do TCU, Augusto Nardes, a essa hora deve estar em palpos de aranha pelo que disse em gravação vazada

Ministro do TCU, Augusto Nardes, a essa hora deve estar em palpos de aranha pelo que disse em gravação vazada

Em resumo, Nardes informou numa roda aquilo que a sociedade brasileira abomina, dentro dos quarteis estaria sendo arquitetado um que seria um golpe militar. Depois da gravação, ele percebeu a bobagem feita.

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23-11-2022

08h:18

Anes Otrebla*

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, a essa altura da vida, esteja onde estiver, deve estar em palpos de aranha por ter se arvorado em autoridade corajosa para dizer em gravação o que não sustentou após o vazamento de sua fala e tentou sair pela tangente com o clássico “não foi bem assim, está havendo um mal-entendido...”.

Foi bem assim, sim, numa postura de quem tem informações privilegiadas e está participando de algo importante, mas anunciava o fim do mundo em construção dentro de quarteis em questão “de horas, dias, uma semana, duas, talvez menos”.

O que o ministrou falou, se for verdadeiro, já causou mal-estar na sociedade brasileira e nas hostes militares, onde generais dos quadros do governo federal semeiam a cizânia, pensando tirar proveito disso sem se importar em provocar conflitos humanos e urbanos, dando péssimo exemplo para quem entende e quer viver em democracia.

E apesar das demonstrações antidemocráticas e até mesmo crimes praticados pelos derrotados, o que é de causar mais estranheza, é a falta de atitude do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Quem está do lado de fora fica a pensar o que será que o ministro Alexandre de Moraes espera para pôr cobro a esse escândalo, essa agressão e essa demonstração de quem não sabe perder.

Por mais incrível possa parecer, os manifestantes diante dos portões dos quarteis do Exército estão apelando até para os extraterrestres a fim de darem um jeito nas intenções deles, para eles, como se pudessem ser atendidos, sem caírem no ridículo, mesmo sabendo que não há nada a fazer contra os resultados das urnas.

O que vai acontecer é a diplomação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro, e a posse em janeiro.

Nesse imbróglio, provocado por quem tinha por obrigação zelar pela paz, harmonia e prosperidade dos brasileiros e do Brasil, ele é o primeiro a dar maus exemplos.

Quem acompanhou os sofríveis dias desses últimos quatro anos, pôde ver que o alimento dele é a desarmonia. Só quem não conheceu o currículo, desde a Câmara Federal, não percebeu o quanto ele gostaria de mudar a ordem das coisas.

Vê-se que ele até tentou – e ainda tenta. Entretanto, o mais triste, em meio a essa situação artificial que o governo perdedor quer criar, é ter brasileiros que o seguem. Se seguem, é porque se identificam com o pior já visto por minha geração em matéria de como não se deve fazer com o instrumento chamado política, “a arte de governar os povos”.

*Jornalista.

Imagem da Galeria Ministro do TCU fez gração insinuando a possibilidade de um golpe, mas não sustentou a fala
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