22-11-2022

06h:35

Bento Batista

O empresário Romeu Zema, governador de Minas Gerais, está como os mineiros costumam dizer, “com a faca, o queijo e a goiabada na mão”, ao ter sido reeleito para o governo do segundo maior e mais expressivo Estado brasileiro, que já deu ao País nomes importantes, marcantes no cenário da política desta Nação.

É de bom alvitre salientar, o governador fez um bom serviço em Minas e por isso, claro, obteve êxito logo no primeiro turno da eleição de dois de outubro. Tem-se de considerar, ele recebeu o Estado daquele jeito, os salários atrasados, um horror para os funcionários públicos estaduais. Nem vamos entrar no mérito da economia do Estado.

Como empresário de sucesso com suas lojas Zema espalhadas por Minas Gerais, imagino que a burocracia do Estado foi para ele uma empresa e nesses quatro anos de administração, pôde mostrar competência em matéria de arrumação de casa.

Ainda está muito cedo para isso, mas a intuição ajudada pelas evidências políticas leva qualquer pessoa enfronhada a levantar a possibilidade de o governador Zema não chegar a concluir o próximo mandato, antes mesmo de assumir em janeiro mais quatros anos.

É sabido que quem chega à Prefeitura de Belo Horizonte torna-se um candidato natural ao governo de Minas, caso mais recente foi o do ex-prefeito Alexandre Kalil, que inclusive disputou com Zema e perdeu quando achava que ia vencer porque fora reeleito como prefeito.

E é público e notório, quem chega ao Palácio da Liberdade uma vez, torna-se candidato natural à Presidência da República. Duas vezes, as possibilidades aumentam. Só se ele não quiser, o que é difícil de conceber.

Política a gente sabe, muda igual nuvens no céu, mas a contabilizar as fichinhas, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito, que será diplomado em dezembro e tomará posse em janeiro, terá nos calcanhares, além de Jair Messias Bolsonaro, Romeu Zema.

Mas não vamos ser tão açodados assim, ainda há muita água para passar debaixo dessa ponte.

Entretanto, não custa nada fazer essas previsões considerando a ascensão de Romeu Zema, em tão curto espaço de tempo.

Em sua simplicidade bem no estilo mineiro, certamente, vai se entender com Lula, para o bem do povo mineiro.

Lula, ao que parece, não é de guardar ressentimento por Zema ter feito a opção de apoio errada. O presidente eleito foi contagiado pelo jeito mineiro de ser e sabe, o povo é soberano e os investimentos federais virão, certamente.