Imprensa nacional quase toda se sentiu aliviada com a derrota do presidente Jair Bolsonaro
Os profissionais da redação da TV Globo não se contiveram e saíram abraçando uns aos outros, em comemoração. Eles foram os mais agredidos verbalmente pelo presidente.
Direto da Redação
10-11-2022
06h:55
Alberto Sena
Pelo que se pôde acompanhar daqui de Minas Gerais, dos píncaros da Serra do Curral, a imprensa nacional credenciada para cobrir os acontecimentos do Palácio do Planalto está se sentindo aliviada com a derrota do presidente Bolsonaro, que a maltratou desde o dia da posse e de lá para cá.
Foi uma relação tão conflituosa, que se aprofundou no cercado onde ele passou a receber a imprensa com seguranças dos lados e costumava discutir em altos brados, quando não mandava um jornalista calar a boca, como se o profissional estivesse ali só para ouvir.
Quem acompanhou se recorda de que a coisa se foi deteriorando cada vez mais, com agressões verbais, como se a imprensa fosse a principal inimiga dele, o que o levou a eleger uns três veículos de informação e disse aos seus “sigam o que digo nesses, porque os outros são comunistas”.
Não se pode chamar isso de ridículo porque vai muito mais além, o certo é que desse modo ele enlatou a cabeça dos seguidores por intermédio dos jornalistas que se submeteram, sendo alguns deles considerados noutros tempos “grandes profissionais”.
O certo é que, se pôde notar isso com a maior clareza, a imprensa de uma maneira quase geral comemorou o resultado da eleição, como foi o caso da redação da Globo em peso (Foto). Logo após assegurada a vitória de Lula, os profissionais comemoraram alto e em bom som e até saíram uns abraçando os outros.
Claro que a direção da emissora não gostou e disse que os profissionais não conseguiram se conter e não aprovou o ato, talvez porque não é ela que está na linha de frente nem na pele dos jornalistas agredidos e agredidas pelo presidente.
Daqui para frente, como se é de esperar, será tudo diferente. Dizendo defender a liberdade de imprensa, o presidente fazia justamente o contrário. A prática dele negava o teoricamente dizia com relação a “Deus, pátria e família”.