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O maior presépio natural do mundo, “Mãos de Deus”, em Grão Mogol completa onze anos

O maior presépio natural do mundo, “Mãos de Deus”, em Grão Mogol completa onze anos

Atualmente sob a responsabilidade da Paróquia Santo Antônio, a qual o empresário doou em vida, o presépio já atrai atraiu nesses milhares de pessoas em busca de turismo religioso.

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Direto da Redação

09-11-2022

13h:48

O Presépio Natural Mãos de Deus, em Grão-Mogol, a 576 quilômetros da capital, foi inaugurado dia 9 de dezembro de 2011. Idealizado pelo sociólogo e economista Lúcio Bemquerer, presidente da Associação Comercial de Minas (ACMinas), de 1991 a 1994, o presépio fica no perímetro urbano da cidade, a 500 m do centro antigo.

Com recursos próprios, Bemquerer edificou o presépio, o seu maior empreendimento realizado em vida (ele faleceu em 2021, em oito meses de trabalho ininterrupto. Ele ficou 20 anos distante de Grão-Mogol, e ao se aposentar retornou à cidade e logo identificou em um lote de pedras enormes próximo à sua casa, a possibilidade de instalar um presépio tendo em vista estimular o turismo religioso.

A obra possui 3,6 mil m2 de área, 72 m2 de frente e 30 m2 de altura. Foram utilizados 1,5 km de ferro para instalar corrimões e 1,2 mil m2 de pedras tipo São Tomé, originárias de Grão-Mogol, para o calçamento das passarelas que facilitam o acesso até de cadeirantes à lapa manjedoura e ao alto dos dois mirantes. Além disto, foram precisos 70 caminhões de pedras para preencher os espaços ociosos, e dez caminhões de areia branca, o que dá ao presépio um toque especial.

O MAIOR

O custo total da obra foi a mais de R$ 1 milhão e pela sua grandiosidade, é considerada “o maior presépio natural a céu aberto do mundo”. O inigualável projeto possui 17 personagens em tamanho natural esculpidos em cimento pelo escultor Antônio Silva Reis. São os seguintes: Nossa Senhora ainda jovem e ela mãe; São José; Menino Jesus; anjo Gabriel (e outro anjo); dois pastores; os três Reis Magos; cavalo, burro, boi, galo e dois carneiros.

Ao sintetizar o presépio, Bemquerer costumava dizer: “Trata-se de um aglomerado rochoso de pedras sobre pedras em harmonioso desalinho”. O que ele fez foi criar a infraestrutura necessária, sem remover uma pedra do local, para possibilitar o acesso a todos os pontos do presépio, que, em verdade, ali estava em estado bruto há milhões de anos à espera de alguém predestinado a identificá-lo.

Para gerir o presépio, que poderá ser visitado tanto de dia como à noite, foi criado o Instituto Mãos de Deus. Tanto debaixo do sol como das estrelas, o espetáculo religioso do nascimento do Menino Jesus é inusitado e de rara beleza. À noite, as pedras recebem focos de luzes, o que deixa cristãos e ateus embevecidos com a beleza do lugar.

DUAS ERAS

Na sua modéstia, Geraldo Ramos Frois, mestre na história local, disse que considera a participação dele “muito pequena”. Nascido e criado na cidade, ele está certo de que “Grão-Mogol passa a ter duas eras distintas: uma antes e a outra depois do presépio”.

A cidade surgida em decorrência do garimpo de diamantes, no século XVIII, ficou como que parada no tempo durante décadas, e com a instalação do presépio, Frois acredita que Grão-Mogol terá “fluxo turístico permanente”. A contribuição da obra tem valor “imensurável, não só em termos de revigoramento da fé cristã, mas para a cidade como um todo”.

APOIO OFICIAL

O então prefeito de Grão-Mogol, Jéferson Figueiredo deu todo apoio necessário a Lúcio Bemquerer para facilitar o acesso dos visitantes ao presépio. Figueiredo elogiou a visão empreendedora de Bemquerer e acredita que o presépio impulsionará o progresso da cidade e a melhoria da infraestrutura para o turismo.

Um hotel de categoria três estrelas surgiu concomitantemente à inauguração do presépio, com 34 apartamentos. Atualmente, o presépio está sob a responsabilidade da Paróquia Santo Antônio, a qual Lúcio doou ainda em vida.

Imagem da Galeria O presépio é uma das maiores atrações de Grão Mogol, que fica a quase 600 km de BH
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