Direto da Redação

08-11-2022

06h:15

Ao chamar o presidente eleito de usurpador, Bolsonaro dá uma demonstração clara de estar com ciúmes dele, porque antes mesmo de assumir o poder, Lula toma uma série de atitudes, coisa que o presidente não tem feito quando necessário.

Além do mais, Lula não está indo como um penetra num encontro dessa magnitude, ele foi convidado e aceitou o convite a participar feito diretamente pelo presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sissi.

Claro que Bolsonaro, ainda como presidente, foi convidado, mas certamente, ele não irá e enviará um representante, pois sabe que, se fosse, correria o sério risco de ficar apagado diante da luz de Lula, a esta altura reconhecido por líderes de 90 países.

Bolsonaro não teria ambiente numa reunião de tamanha importância – COP27 Cúpula do Clima – porque este é um dos temas em que ele foi mal e os resultados estão aí, principalmente relacionados com a Amazônia, os piores possíveis, de modo que nem se ele quisesse “criar um clima” positivo lá, não conseguiria.

Enquanto isso, Lula da Silva vai absorver todas as atenções e certamente vai ser a grande estrela do encontro, não só porque é ele, mas porque é o presidente que conduzirá os destinos do Brasil, do qual o mundo inteiro depende a essa altura da situação climática.

O mundo hoje em dia vive claramente dois grandes problemas que põem em risco a segurança das cerca de oito bilhões de almas sobre o planeta. Um é a insegurança ambiental e o outro a insegurança alimentar. E o Brasil está envolvido nisso totalmente como o país que possui, ainda, rios, florestas e terras agricultáveis que fazem do nosso território o celeiro do mundo.

 Ao que tudo indica, COP27 será uma espécie de aquecimento para Lula da Silva. Antes de assumir o poder, ele terá a oportunidade de se reunir com as maiores lideranças do planeta e irá, certamente, aproveitar ao máximo a fim de mudar o conceito ruim que o Brasil sofre lá fora por causa de um presidente que não foi simpático e jogou no chão as relações exteriores brasileiras.

A partir dessa reunião de líderes sobre discussão do clima do planeta, para Lula será um aquecimento, mas também uma oportunidade de bater bola com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden; com o presidente da França, Macron; só para citar dois que nunca aceitaram os modos antidemocráticos do presidente Bolsonaro.