Direto da Redação

07-11-2022

09h:49

Anes Otrebla*

A missão do ministro Alexandre de Moraes daqui para frente deverá ser mais árdua do que foram os preparativos para fazer valer as eleições que elegeram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2°. Turno, presidente do Brasil pela terceira vez, o único a ter esse privilégio na história desta Nação.

Por que a missão do juiz que se tem mostrado competente e firme em suas decisões será árdua? É porque ele, e somente ele, poderá pôr um freio nas reações as mais malucas dos bolsonaristas inconformados com a bela vitória conseguida por Lula.

Se as reações fossem ordeiras, democráticas, tudo bem, seria fácil de entender e aceitar, mas os bolsonaristas são desordeiros, agressivos, violentos, e estão fazendo manifestações as mais antidemocráticas possíveis, caso por exemplo de alguns que invadiram um ônibus para agredir os passageiros, jovens, só porque alguns deles fizeram sinal de “L”, exaltando a vitória de Lula.

Tem algum sentido isto? Imaginemos se reações desse tipo possam acontecer no dia a dia, ao ponto de virar rotina. Dá para viver em paz assim? Claro que não. E o ministro terá que apurar tudo para ao final punir os responsáveis.

E muitos podem ser os responsáveis, a partir de quem está insuflando isso, inclusive pelas mídias sociais. Moraes deverá apurar quem está financiando isso, porque no caso dos caminhoneiros, eles não têm condição de ficar parados participando de uma encenação infrutífera.

Como reverter o resultado das urnas, considerando que Lula da Silva foi eleito democraticamente, mesmo tendo sido vítima das inomináveis atitudes do presidente e dos seus seguidores, que criaram todo tipo de dificuldade e jogaram pedras e cascas de bananas no caminho do presidente eleito, e ainda assim ele venceu tudo, com a maior dignidade e o mundo inteiro já reconheceu a sua vitória.

Assim que o ministro Moraes acionar a sua máquina giratória e começar a punir esses manifestantes agressivos como os que invadiram o ônibus e outros semelhantes ao “patriota do caminhão”, como ele ficou conhecido ao se grudar na frente de uma carreta, é possível que o País entre na normalidade e um clima de paz e tranquilidade poderemos ter.

Caso contrário, os brasileiros correm o risco de terem de lidar diariamente com a estupidez humana de quem não está preparado para viver em regime de democracia e por isso, ao pedirem a volta dos militares em frente aos quartéis, dão mostras do quanto são ignorantes e perversos. Esses, merecem passar uns tempos no xilindró.

*Jornalista