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Esculturas de Carlos Drummond e Pedro Nava saem de cena segunda-feira para restauração

Esculturas de Carlos Drummond e Pedro Nava saem de cena segunda-feira para restauração

Todas as demais esculturas, de Roberto Drummond, Henriqueta Lisboa e a dos quatro “Cavaleiros do Apocalipse” serão retiradas para restauração. A do fantástico Rubião já foi, a base deteriorou.

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Direto da Redação

05-11-2022

09h:21

Alberto Sena

Quem passar segunda-feira pela Praça Alberto Deoadato, no Centro de Belo Horizonte, confluência das ruas da Bahia com Goiás, e não vir as esculturas dos escritores Carlos Drummond de Andrade e Pedro Nava, não se assuste, elas serão retiradas para restauração.

A presença dos dois ali, eternizados pela artista Leo Santana, há anos faz parte da paisagem urbana local. A de Drummond teve a mão direita cortada, certamente alguém ficou incomodado e decepou-a, mas ela ainda ficou pendurada. Um guarda da PBH viu a mão direita de Drummond daquele jeito, foi lá e retirou-a e levou para a prefeitura. Será soldada na restauração.

Drummond e Pedro Nava foram colocados ali quando a Rua Goiás era um lugar frequentado por intelectuais, devido à presença da Redação do jornal Estado de Minas ali próximo, a lanchonete Nacional e o hotel Del-Rey também.

O poeta Drummond tinha inclusive uma coluna no Estado de Minas. Ele escrevia diretamente do Rio de Janeiro, onde fixou residência e não voltara mais tanto a BH como à sua terra natal, Itabira, no Vale do Aço, porque não aceitava os estragos deixados pela mineração irresponsável.

Mas não é só a dupla fincada em frente onde era o Cine Metrópole, uma construção no estilo clássico, onde se podia assistir a filmes memoráveis, que foi substituída por um prédio de uma agência bancária, não é só a dupla que passará por restauração.

As esculturas do jornalista e escritor Roberto Drummond e a da poeta (poetisa acho arcaico) Henriqueta Lisboa, esta em frente ao prédio onde ela morou em um apartamento mais tarde ocupado pelo escritor Bartolomeu Queiroz.

Mais: as esculturas em frente a Biblioteca Pública também serão restauradas, cada uma a seu tempo. Aliás, a do fantástico Murilo Rubião já foi retirada, porque a base onde ela estava deteriorou. Enquanto isso, os quatro “Cavaleiros do Apocalipse”, Fernando Sabino, Otto Lara Resende, Hélio Pellegrino e Paulo Mendes Campos continuam em frente a biblioteca esperando a vez, dois deles, sentados.

Imagem da Galeria A escultura de Drummond sofreu uma violência estúpida, como toda a violência
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