Direto da Redação

01-11-2022

6h:21

Alberto Sena

Dois homens de mais idade iam, lado a lado por um caminho e conversavam a respeito do resultado da eleição, com Luiz Inácio Lula da Silva tendo sido eleito democraticamente, pela terceira vez, presidente do Brasil.

O homem de aparentemente mais idade perguntou:

- E então, como é que vão ficar as coisas daqui para frente?

O outro respondeu:

- Olha, sinceramente, acho que devemos daqui para frente buscar apaziguar os brasileiros e o Brasil.

- Eu também acho.

- Se o governo Lula e nós todos não partirmos para a união nacional, estaremos a fazer o que vinha sendo feito.

- Seria mais do mesmo. É verdade.

- E esse presidente que irá assumir o governo em janeiro de 2023 tem a sua maior oportunidade de fazer a melhor administração de todos os tempos.

- É, mas ele vai enfrentar dificuldades. Muitos serão os percalços porque boa parcela dos brasileiros está em dificuldade.

- Estando na presidência de um País como o nosso, todo presidente terá de enfrentar dificuldades, mas o importante é encarar tudo com otimismo, tendo em vista construir ou, no caso atual, reconstruir o Brasil que sofreu danos muitos nesses quatro anos.

- É verdade. E nós brasileiros vamos ter a oportunidade de resgatar a nossa dignidade porque o Bozo afugentou as nações do Brasil.

- Isso mesmo. Qual governante estrangeiro de expressão visitou o País nesses quatro anos?

- Claro que a tarefa de Lula é hercúlea, mas será compensadora ao final porque a missão dele é traçar os rumos do País. Estamos diante de muitos desafios que não dizem respeito só a nós brasileiros, mas a humanidade.

- Essa questão climática vai pegar muito daqui para frente e Lula terá uma árdua missão, uma Amazônia que o governo atual entregou à sanha dos garimpeiros e tem tratado tão mal os indígenas e os quilombolas.

Os dois senhores alcançaram um ponto onde havia um banco de madeira à beira do caminho, e sentaram-se nele. Fez-se silêncio por alguns instantes, até que o de mais idade perguntou:

- O que será feito de Bolsonaro depois de entregar o governo?

- Esta é uma boa pergunta a ser feita ao ministro Alexandre de Moraes.

Ao que o outro emendou:

- Se eu fosse o presidente, que tanto lançou aos ares ameaças e balões de ensaio, não ia ficar caçando sarna para me coçar.

- É, vamos ficar atentos, mas, chegará o momento em que todos haverão de perceber, o melhor é a união nacional porque daqui a pouco nós vamos passar e o Brasil vai ficar para os nossos filhos, netos e os que virão.