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O navio em mar revolto

Momento político nacional, na concepção de Igor Maciel Antunes, Mestre e especialista em Direito Empresarial. Advogado e professor atuante na esfera empresarial há mais de 20 anos. Sócio fundador e CEO do escritório Antunes Mascarenhas Advogados.

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26-10-2022 – 10:30

Igor Maciel Antunes - Colunista

Uma grande embarcação navega em alto mar, com lotação máxima, padecendo de frio congelante, doença e guerra nos mares, o que corrói a todos. O vento do inverno força contra os propósitos dos marinheiros e os predadores espreitam por todos os lados.

Apesar dos obstáculos, remadores e marinheiros trabalham por suas vidas e de seus filhos, cientes de que o inverno está por findar e que não têm escolha, senão continuar rumando em direção a uma terra tropical, ensolarada e produtiva já mapeada.

Contudo, brados de revolta e motim são ouvidos por toda a embarcação em sofrimento, são incessantes as reclamações contra os marinheiros e remadores, culpando-os pelas dores do inverno, da guerra nos mares e pela doença. Naquele navio, antigos e decrépitos capitães piratas seus “mestres da lei” e “violeiros” remunerados cantam pela revolta, sabotam remadores e convencem ser melhor se aquecerem com o tecido das velas e o fogo da madeira de peças úteis da embarcação, já muito avariada pelas fogueiras dos antigos condutores.

Os navios vizinhos, cegos adeptos das ideias e promessas do motim vermelho, já estão parados sem velas ou remos, incendiados e naufragando sob o comando de seus líderes.

Ainda firme pelo leme, o capitão do navio segue evoluindo em milhas e, mesmo assim, é atacado e difamado pelos “cantantes”. Os soldados tentam zelar pela proteção da embarcação, mesmo diante dos empecilhos e armadilhas dos “mestres da lei”.

A embarcação segue trilhando seu trajeto, entretanto, o navio se divide em opiniões, afinal, seria melhor o calor das fogueiras de fogo rápido dos antigos capitães ou continuar levando o navio para lugares e tempos melhores?

Os incrédulos, ignorantes, preguiçosos, amargos irresponsáveis e ambiciosos, sempre em busca de um falso “atalho”, sonham com o calor fulgás do barco em chamas, mas, por outro lado, os marujos e famílias remadoras sabem o que devem proteger para seus filhos e para onde precisam remar. O destino da embarcação está nas mãos de suas pessoas e seus valores!

Apesar de tudo, ainda segue escrito na proa do navio verde e amarelo a seguinte frase: “Ordem e Progresso”.

 

 

Imagem da Galeria Colunista Igor Maciel Antunes
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