Direto da Redação

22-10-2022

6h:36

A expectativa do diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Julio Nery para 2023 é de melhora no câmbio e torcer para que a política de “Covid Zero” da China se resolva, a fim de trazer alívio para o setor minerário e melhore os números, porque os deste ano foram de amargar, pelo que o leitor pode depreender.

Em comparação com o ano passado, o faturamento da mineração caiu 38% em Minas Gerais, no 3°. trimestre de 2022. Isso trocado por cifrões significam uma queda de R$ 18 bilhões nos cofres das mineradoras no Estado

Para tudo sempre há uma explicação e segundo o Ibram, a redução no preço do minério de ferro e queda da demanda da China, o maior importador de minério brasileiro.

A guerra entre Rússia e Ucrânia teve peso nesse imbróglio porque elevou o preço do potássio, principal produto mineral importado, com uso principalmente em fertilizantes agrícolas.

Mas ainda assim as empresas do setor sustentam a perspectiva para os próximos cinco anos de investimentos da ordem de R$ 40,4 bilhões, segundo o Ibram. A produção de minério não foi afetada em seu faturamento, com registro de estabilidade, aumentou  3% no terceiro trimestre.

No setor não se registrou desemprego. Em janeiro eram 185 mil em agostou alcançou 203 mil.

Todavia, o Brasil aumentou em 87% o valor gasto para importar produtos minerais. Saltou de R$ 2,6 bilhões no terceiro trimestre do ano passado para R$ 12,1 bilhões neste ano, apesar de ter reduzido a importação de toneladas de produtos.

Para Julio Nery, “uma solução política” para a guerra Rússia-Ucrânica viria a calhar e traria resultados melhores para o setor de mineração brasileiro.