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Vendedores ambulantes usam gravações em alto-falantes que incomodam muita gente sem serem incomodados

Vendedores ambulantes usam gravações em alto-falantes que incomodam muita gente sem serem incomodados

A essa altura da situação socioeconômica do País, a gente tem de respeitar os ambulantes porque estão buscando assegurar o ganha-pão, mas eles precisam ter compreensão para não causarem poluição sonora.

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Direto da Redação

17-10-2022

6h:18

Esses vendedores ambulantes que se utilizam de kombi ou caminhonetas para transportar os seus produtos devem ter todo o direito de comercializar assim, até mesmo o de usar um meio de comunicação com a sua freguesia.

Se for levado em conta a situação socioeconômica do País, o que tem de gente por aí a trocar o almoço pelo jantar, não está no gibi. Então, é justo que cada um procure se virar de alguma forma e os vendedores ambulantes fazem isso.

Dentro desse contexto, como jornalista, defendo neste espaço os direitos deles, mas eles também precisam respeitar os direitos dos cidadãos de modo geral, e não obrigá-los a ouvir a poluição sonora por eles provocada à medida que ligam uma gravação e se esquecem de desligar.

Acontece com frequência de estacionarem o carro entre prédios de apartamentos enquanto atendem a freguesia, e a gravação repete as mesmas informações, o tempo todo. Assim como eles se acham no direito de comercializar os produtos anunciando pelo alto-falante, há quem fique incomodado pela gravação e tem o direito de não querer ouvi-la.

Diante desse quadro, há quem faça uma proposição para que tudo ao final transcorra numa boa, como dizem os meninos, que os ambulantes liguem e desliguem a gravação, dando um intervalo, senão eles irão continuar trabalhando contra eles mesmos, porque muita gente deixa de comprar os produtos deles devido à poluição sonora que causam, ao ponto de “dar nos nervos”.

Quem é mais antigo sabe, décadas atrás, quando alguém precisava anunciar publicamente alguma coisa pelas ruas da cidade, tinha de “tirar uma licença” na Prefeitura de Belo Horizonte, como rezava o Código de Postura Municipal.

Hoje em dia parece que, ou a PBH faz de conta que não vê nem ouve esse tipo de postura incomoda dos ambulantes, com uso de gravação o tempo todo ligada, ou deixou, como se diz, ao deus-dará, quando podia atuar não para proibir a prática, mas disciplinar o uso de alto-falante. Por uma questão de respeito ao cidadão e evitar a poluição sonora.

Como estão, a cada dia mais, eles crescem em número, o que denota agravamento da situação socioeconômica e ao mesmo tempo passa a impressão de quem quiser e puder, basta pegar um microfone e alto-falante e sair incomodando, poluindo, sem ser incomodado.

Vem o indivíduo o alto-falante anunciar hortifrutigranjeiros.

Vem o vendedor de ovos e a sua gravação repetitiva.

Vem o da pamonha e do milho verde.

Vem o do abacaxi e do alho roxo.

Vem o do açougue com anúncio de carnes a preços baixos.

Vem mais um tanto de outras coisas que nem convém registrar aqui tão indignas são de menção.

Enquanto isso, a postura pública e a civilidade vão “pras cucuias”.

Imagem da Galeria Os vendedores ambulantes ligam uma gravação repetitiva e não desligam nunca
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