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Produtores de cachaça saem da ressaca da covid-19 e da crise internacional; em Minas, Salinas é a produtora mor

Produtores de cachaça saem da ressaca da covid-19 e da crise internacional; em Minas, Salinas é a produtora mor

O maior produtor mineiro, Antônio Eustáquio Rodrigues é dono de três marcas e se tornou um milionário excêntrico, ao ponto de distribuir dinheiro porque, como dizia, não conseguia gastar tudo que ganhava.

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Direto da Redação

15-10-2022

7h:53

Alberto Sena

A única vez em que fui a Salinas, no Vale do Jequitinhonha, a cidade nem luz elétrica tinha. Era uma luzinha à base de motor, que em determinada hora da noite era desligado e se apelava para lamparinas e lampiões a querosene. Isso foi nos idos de 1960 e fui lá fazer um concurso para o Banco do Brasil, e inda bem que não obtive êxito, senão minha vida seria outra completamente diferente e não sei se eu iria gostar.

Mas vem ao caso no momento é informar: hoje Salinas é conhecida no mundo inteiro por vários motivos e principalmente por sua boa cachaça considerada ao nível dos melhores uísques escoceses. É de lá um controvertido produtor de cachaça, considerado o maior, empresário Antônio Eustáquio Rodrigues, dono de três marcas, Seleta, Salinas e Boazinha.

Controvertido, ele se se envolveu em casos policiais, mas tornou um milionário, com produção anual de 1,5 milhão de litros de cachaça, e até doava dinheiro vivo aos que o procuravam de tanto que tinha e não dava conta de gastar.

Mas a essência desta notícia é a de que o setor brasileiro produtor de cachaça já se recupera da tacada dada pela pandemia da covid-19, seguida de um ano de crise internacional, as exportações voltaram a crescer ano passado.

No ano de 2021, o crescimento foi de 29,5% em volume de cachaça exportado e de 38,4% no valor da venda de exportações comparada com o ano anterior.

Minas Gerais concentra 353 estabelecimentos produtores de cachaça.

Os dados são do Anuário da Cachaça 2021, documento produzido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Segundo o levantamento, as exportações passaram de US$ 9,52 milhões em 2020 para US$ 13,17 milhões em 2021.

Tudo bem, mas é 9,8% inferior ao do período anterior à covid-19. E houve redução, pequena, mas houve, em comparação com 2020, ocasião em que 70 países exportaram cachaça.

Em 2021foram 67 países.

O principal destino da cachaça brasileira foi Paraguai e Alemanha. Consumiram 22,59 e 22,58% da cachaça brasileira. Os dois países importaram 1.631.503 litros e 1.630.407 litros, respectivamente.

O Ministério da Agricultura registra que os paraguaios compram a nossa cachaça por US$ 0,81 o litro e os norte-americanos compram por US$ 3,85 o litro.

Houve uma queda, ano passado, no número de produtores registrados, de 2%. Em 2020 eram 955 e em 2021 caiu para 366. Ano passado 98 novas cachaças foram registradas e 117 cancelaram registros.

Imagem da Galeria Antonio Eustáquio é o maior produtor de cachça de Minas, em Salinas
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