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Não podemos deixar os talentos morrerem, devemos investir em quem pode cuidar mais e melhor do povo brasileiro

Não podemos deixar os talentos morrerem, devemos investir em quem pode cuidar mais e melhor do povo brasileiro

Minas Gerais continua sendo, desde décadas atrás, o palco principal na hora de decidir quem será o presidente para comandar esse País de dimensões continentais. Se depois de um ou o outro eleito, esperamos que venha ao Estado com a mesma frequência.

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Direto da Redação

14-10-2022

10h:53

Alberto Sena

A 16 dias para os brasileiros saberem quem vai assumir a Presidência da República do Brasil, se Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente duas vezes, ou o atual presidente, Jair Messias Bolsonaro, que pleiteia a reeleição.

Comparar esses próximos dias com uma corrida de Fórmula 1 é, como se diz, café pequeno, porque os dois candidatos e os que estão à frente da campanha de cada um estão simplesmente voando, contando com a esgrima dos apoiadores.

A essa altura da corrida, para usar uma linguagem do glossário de Fórmula 1 e para celebrar o Airton Senna, o Estado de Minas Gerais virou um “pit-stop”, depois de um “cotovelo”, que é alguma curva de 180°, quando os pilotos tiveram de se cuidar no “cockpit”.

E devem continuar a cuidar em Minas porque aqui é o segundo colégio eleitoral do País, e quanto aos mineiros, desconfiados por natureza, sabemos que quando tomam uma decisão, é como mordida de cágado, só larga se troveja no sertão e como por lá chuva é meio difícil, o camarada se dá por entendido.

Imagino aqui comigo, na intimidade de minhas mangas de camisa, que quem votou no 1°. Turno, não vai “mijar pra trás”. O que pode acontecer, depois dos apoios, discursos e debates, é quem tinha mais na aljava, receber outro tanto vindo dos que por algum motivo ou outro deixaram de votar e até dos que tinham rejeição, afinal, é o Brasil dos brasileiros que está em jogo político, dos mais malfadados já presenciados.

Até tenho, não uma bola de cristal, mas uma, digamos, miniatura de um monolito de cristal, presente de Dona Lucinda, lá de Grão Mogol, Vale do Jequitinhonha, que tem uma história de vida muito interesse e adiante conto. Mas essa miniatura de monolito de cristal não tem poder algum. Entretanto, vejo um dos dois, o perdedor, descontrolado.

Dona Lucinda, mãe de família, marido garimpeiro, não suportou ver os filhos clamarem fome, retirou-se até o quintal, ajoelhou-se debaixo de um limoeiro e conversou com Deus. Dizia que de preferência Ele a levasse dessa vida, mas não suportava mais viver assim.

Oração feita, ela se armou dos apetrechos usados no garimpo de diamantes e se encaminhou para a margem do Rio Itacambiraçu. Em certo ponto, ela meteu a enxada no chão e viu saltar uma pedra diferente maior que um grão de milho.

Era um diamante. Daquele dia em diante, Dona Lucinda e a família dela não passaram mais necessidades.

Que cada um de nós, eleitores, procure encarar o título de eleitor e o respectivo voto como um diamante semelhante ao que Dona Lucinda encontrou, para que possamos construir um Brasil sem necessitados.

Um País de gente alfabetizada, onde as crianças e os jovens de modo geral tenham escola de tempo integral, como queria o professor Darcy Ribeiro, que faz 100 anos dia 26 deste mês de outubro de 2022.

O Brasil é rico sob todos os aspectos e principalmente de talentos de gente sem igual no planeta.

Não deixemos morrer os talentos.

Imagem da Galeria Um pequeno lote de diamantes extraídos em Grão Mogol, quando o garimpo era permitido
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