Direto da Redação

14-10-2022

7h:42

Alberto Sena

A troca de farpas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro, no concernente ao chamado “sigilo de cem anos” imposto por este sobre informações ou sabe-se lá o que, é coisa da maior seriedade, porque a rigor, até lá a humanidade já é outra e a quem vai interessar, não é, Mané?

Esse entrevero entre os dois candidatos soa também como piada, de mau gosto, claro! Ao contrário de fazer as pessoas rirem, felizes, acaba por criar um clima pontuado de interrogações.

Dá margem a especulações tantas considerando-se os deslizes que o Brasil inteiro acompanha, em meio a esse sigilo deve haver coisas “da arca da velha”.

Velha bruxa porque deve ser um show de horror.

Então eu fico aqui na intimidade com as minhas mangas de camisa refletindo sobre o que pode estar se passando no bestunto do presidente, quando o seu adversário Lula da Silva diz, caso se eleja presidente pela terceira vez, vai editar algo que pode ser uma lei para quebrar esse sigilo de “cem anos” de Bolsonaro.

Deve ser algo do tipo caixa de pandora e certamente o Brasil e o mundo vão se acabar e não vai sobrar ninguém para contar a história.

Não é necessário bandear para o exagero. Exagerado é o sigilo, mas, ninguém em sã consciência ou mesmo doente da cabeça, vai assim, de modo unilateral, para não dizer ditatorial, estabelecer que determinada coisa muito séria fique ali dormindo como a Branca de Neve, dos alemães, os Irmãos Grimm, à espera do quê mesmo?

Daqui donde estou fico matutando e chego à seguinte conclusão, essa história mal engendrada ainda dará pano para manga, porque de fato é ridícula, e só engole uma besteira dessa quem é boi sonso.

Supondo que o ex-presidente vença, o dia seguinte para o presidente e a família dele será como se o meteoro desviado pela Nasa trombasse com o planeta Terra.

Sigilos de cem anos não são estabelecidos por decreto, mas por lei, e podem ser revogados.

Se der o contrário das tendências das pesquisas, e considerando que a gente não é aquilo que pensa ou fala, mas o que faz, tenho dúvidas atrozes se os brasileiros e o Brasil irão aguentar mais do mesmo.

Melhor então é estirar numa rede e reler “Cem Anos de Solidão”, para celebrar a pessoa do colombiano Gabriel Garcia Marques, que morreu com Alzheimer.