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Enfim, os sete parques nacionais em Minas Gerais vão receber recursos para restruturação e melhorias

Enfim, os sete parques nacionais em Minas Gerais vão receber recursos para restruturação e melhorias

Serão R$ 150 milhões que haviam sido prometidos desde 2020, mas segundo o governador mineiro Zema e o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira, até o final do ano o dinheiro será liberado

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Direto da Redação

13-10-2022

6h:15

Alberto Sena

Os sete parques nacionais de Minas Gerais – Serra da Canastra, Serra do Cipó, Serra do Caparaó, Serra do Gandarela, Grande Sertão Veredas, Cavernas do Peruaçu e das Sempre-Vivas – podem, enfim, contar até o fim do ano com recursos da ordem de R$ 150 milhões para investimento em restruturação.

Essa verba havia sido anunciada há dois anos, e só por esses dias foi confirmada pelo governador reeleito Romeu Zema (Novo) e pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite, em visita à Cidade Administrativa, na região Norte da capital.

O ministro informou na ocasião que a verba a ser liberada faz parte dos recursos obtidos do acordo entre o governo de Minas e a Vale, relativos às multas ambientais expedidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na tragédia de Brumadinho. O dinheiro a ser liberado deve financiar ações de proteção e melhorias nos sete parques nacionais em território mineiro. Os sete somam 700 mil hectares de áreas de preservação.

Conheço três deles e posso dizer, são joias nossas em matéria de ambiente preservado, cada um com as suas características. Deles, o mais próximo da capital – 100 quilômetros – é o da Serra do Cipó, que possui duas entradas, uma por Cardeal Mota e a outra por Jaboticatubas.

O Parque da Canastra cuida da nascente do Rio São Francisco. Possui paisagens de tirar o fôlego. São várias as nascentes do rio e a gente ouve o borbulhar delas e as águas se juntando e desce aquele filete d’água que se vai juntando a outros e logo, 14 quilômetros abaixo, um caudal jorra pela cachoeira Casca D’Anta.

Para quem nasceu no Cerrado, naquela terra vermelha característica do Norte de Minas, o Parque Grande Sertão Veredas é o máximo. Por tudo, pelo encontro do Rio Santa Rita com o Rio Preto e entre os Rios Preto e Carinhanha, que divide os estados de Minas Gerais e Bahia; pela vegetação tortuosa e cheia de pequizeiros, cajuzinhos, araçá, goiaba, ananás.

Fora que a viagem até lá, pela Serra das Araras, é uma maravilha. De fato, as araras habitam aquela área onde fazem os seus ninhos para procriação e é possível ouvir o ramerrão delas, “arara, arara, arara...”

A área preservada do parque é de mais de 230 mil hectares. Vale a pena se arrancar de Belo Horizonte e viajar 584 quilômetros para viver o Sertão de Guimarães Rosa e nosso.

As imagens das veredas são um grande atrativo da região e do parque. Toda vereda é considerada “um rio em potencial”. Elas alimentam os rios e são santuários onde a multiplicação da vida natural acontece a olhos vistos.

Imagem da Galeria As veredas são um espetáculo a parte na vegetação do Cerrado brasileiro
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