Direto da Redação

11-10-2022

6h:02

Alberto Sena

Por que será que o presidente da República Jair Bolsonaro não desanca mais as urnas eletrônicas?

Se fosse uma outra pessoa, de fora da política, que fizesse esse exercício de querer confundir a opinião pública, nem assim colava essa ideia estapafúrdica de que as urnas não são seguras. São as mesmas que contaram os votos das eleições dele para deputado federal e nunca o presidente reclamou.

Em verdade, o que ele queria mesmo é criar um fato, mas as urnas eletrônicas calaram-lhe a boca. E nem mesmo os militares do Exército, que participaram de algumas reuniões no TSE e parecia que ficariam como “ferrinho de dentista”, não se pronunciaram.

Veremos daqui para a frente como ele vai se comportar, porque como já foi dito neste espaço, Bolsonro é o maior cabo eleitoral de Lula, cuja pesquisa mais recente, do IPEC, dá o ex-presidente com 55% dos votos válidos e o atual presidente com 45%, diferença de dez pontos, o que é muito para ser igualado e muito mais para ser ultrapassado.

De hoje até as eleições faltam só 19 dias, e por mais que Bolsonaro venha a se esforçar, ele não irá conseguir, porque o crescimento dele sempre foi devagar, enquanto Lula esteve na liderança desde o início e tende a ganhar votos dos eleitores de Simone Tebet e do próprio Ciro Gomes, que nesta eleição se revelou e não terá mais chance nenhuma de pleitear a Presidência da República adiante. Tornou-se um palito de fósforo queimado.

No passado, antes do descobrimento do ultrassom, que hoje mostrar-nos o sexo do bebê, se dizia, “eleição é como barriga de mulher grávida”, então, especulava-se, mas ninguém sabia ao certo qual seria o sexo da criança.

Agora só resta aguardar o dia 30 para saber com toda certeza, por meio das urnas eletrônicas, seguras e eficientes, quem irá comandar esse gigante chamado Brasil nos próximo quatro anos.