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“Rua de Estar” está dentro da concepção moderna de cidade que prioriza a população

“Rua de Estar” está dentro da concepção moderna de cidade que prioriza a população

É importante cuidar mais da saúde mental e de lazer do povo do que investir no trânsito de veículos. Afinal de contas, carro é máquina e o ser humano não pode ser colocado em segundo plano

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Direto da Redação

09-10-2022

6h:30

Uma vez, ao entrevistar o navegador Amyr Klink, que já foi à Antártida dezenas de vezes sozinho, ele me disse sobre a concepção moderna de cidade, aquela onde o administrador privilegia o bem-estar da população.

Matutei sobre o dizer dele e na minha tela mental não veio nenhuma cidade brasileira onde encaixar a concepção narrada pelo navegador.

Uns 20 anos se passaram e eis que deparo com um vislumbre do dizer de Klink numa matéria publicada no canal g1Minas intitulada “Rua de Estar”: Bairro Jardim Felicidade, em BH, terá calçadão para encontros e descanso”.

Na intimidade com as minhas mangas de camisa pensei, eis aí a ideia do grande navegador a se concretizar, no Bairro Jardim Felicidade, na região Norte da capital, Avenida Fazenda Velha, onde será implantado o projeto “Rua de Estar”.

Quando isso vai acontecer? A partir do mês de novembro, conforme informa a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH). Uma parte da rua vai virar um calçadão à disposição do público, para encontros, descanso e diversão.

Pelo que posso depreender disso, finalmente a administração pública percebe que as máquinas, quero dizer, os veículos não são mais importantes do que as gentes humanas. As pessoas de um modo geral precisam é disso mesmo para desestressar, conversar, fazer amizades, dentro de um clima cordial e de lazer.

A intenção da PBH é ampliar a ideia para além dos carros e transformar ruas em espaços acolhedores para pedestres, crianças, idosos e ciclistas. Nesse sentido, intervenções estão sendo feitas para redução de velocidade de veículos e instalação de mobiliários.

A coordenação do projeto é da BHTrans, que conta com a parceria do Instituto Nossa BH, a Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a comunidade do bairro.

A primeira etapa das obras já foi iniciada pela Sudecap - Superintendência de Desenvolvimento da Capital. Enquanto isso, a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica produz mudas de plantas para fazer no local um jardim.

É preciso salientar que essa ideia faz parte do programa internacional Urban Pathways, financiado pela International Climate Initiative, do Ministério Federal Alemão para o Meio Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear.

Consta do programa outras iniciativas para Belo Horizonte, a exemplo dos projetos de Zona 30, que transformam vias com velocidade máxima de 30 km/h para veículos.

Imagem da Galeria Daqui para frente as administrações devem cuidar do bem-estar das populações
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