Fábrica de beneficiamento do mineral lítio no Vale do Jequitinhonha vai de vento em popa
Com “royalties” e a possibilidade de ficar com 60% do valor do que for extraído e beneficiado, os municípios de Itinga e Araçuaí, onde o minério é natural, podem experimentar um “boom” de desenvolvimento
Direto da Redação
02-10=2022
10h:08
O Diário de Minas volta a enfocar a fábrica de beneficiamento de lítio que a Sigma Lithium constrói no Vale do Jequitinhonha.
As notícias dão conta de que a empresa pretende operar nos municípios de Itinga e Araçuaí, municípios onde o lítio bruto é extraído.
Quem está atento há de perguntar por que não é uma empresa estatal mineira que está a explorar essa riqueza que ganhou interesse repentino, devido ser matéria prima para as baterias dos veículos produzidos pelo homem mais rico do mundo, Elon Musk.
A empresa é um dos principais ativos do fundo de “private equity A10 Investimentos”, co-fundado pela “co-CEO da Sigma, Ana Cabral-Gardner”. Trata-se de uma empresa listada na Bolsa de Toronto, no Canadá, tendo feito um IPO na Nasdaq, onde as suas ações são negociadas, ano passado.
A fábrica é para tornar
O mineral pré-químico possui alto teor de pureza, o que eleva o preço da tonelada às alturas, de cerca de US$ 60 a tonelada, para algo em torno de US$ 6.000.
Sigma pagará “royalties” sob seu faturamento e 60% do valor arrecadado fica com os municípios envolvidos. Isso poderá significar a redenção dos dois municípios e o Vale do Jequitinhonha por tabela.
A empresa é movida por energia hidrelétrica e teoricamente, o beneficiamento do lítio é feito com baixas emissões de carbono.
Do já explorado Rio Jequitinhonha sai a água usada no processo, tratada numa estação interna de esgoto, 100% reciclada.
Porque ficam empilhados a seco, os rejeitos de lítio prescindem de construção de barragens.