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Para lembrar o repórter Fernando Gabeira, que trabalhou no Diário de Minas no início de carreira

Para lembrar o repórter Fernando Gabeira, que trabalhou no Diário de Minas no início de carreira

Em 1989, ele, nascido em Juiz de Fora (MG), candidato a presidente da República, deu “abraço” no Morro da Pedreira, na Serra do Cipó. Eu também, como editor de Meio Ambiente do Estado de Minas

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Direto da Redação

23-09-2022

6h:25

Alberto Sena

 A primeira vez que encontrei Fernando Paulo Nagle Gabeira. Fernando Gabeira chamado, foi em 1989, quando ele se candidatou a presidente da República, e eu repórter do jornal Estado de Minas fomos “abraçar” o Morro da Pedreira, na Serra do Cipó, a 100 quilômetros de Belo Horizonte.

O morro, todo de mármore, estava sendo devastado. Havia mais de cem pessoas. Fui como editor de Meio Ambiente de jornal Estado de Minas. Afinal, o morro foi salvo da destruição, e hoje é o mesmo daquele dia do abraço.

Terminado o abraço no Morro da Pedreira travei conhecimento com Gabeira, mineiro de Juiz de Fora. Ele precisava de uma carona até ao aeroporto da Pampulha e fomos conversando, entre uma cochilada e outra dele devido ao cansaço causado pela campanha política.

Poucas semanas depois nos encontramos de novo em um congresso de Jornalismo, em Brasília, onde ele falou para centenas de jornalistas do Brasil inteiro e lembrou ao público, em certo momento, um texto com o qual a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) me dera um prêmio de reportagem com a matéria intitulada, “O roubo do Rio Verde revolta a Jaíba”.

Tanto tempo depois, nos reencontramos em Grão Mogol (MG), onde ele foi fazer uma reportagem para a GloboNews a respeito do Presépio Natural Mãos de Deus. Para Grão Mogol, que será divulgada, além do presépio, a vinda de Gabeira tem significado marcante porque ele é um nome nacional e internacional.

O que nos leva a falar de Gabeira é para recordar, ele trabalhou no Diário de Minas, em Belo Horizonte, quando a sede do jornal era na Praça Raul Soares. E com isso informou que muitos dos jornalistas de cepa, como se diz, iniciaram carreira no Diário de Minas. Gabeira é um deles, e cada um a seu tempo será lembrado, como esse repórter por excelência, simples, como toda pessoa simples é.

Impressionante a vitalidade dele quando o encontrei em Grão Mogol, em 2017. Ele tinha como auxiliar Maurício Lucindo de Souza.  Gabeira montava o tripé da câmera de filmar ou sacava da câmera fotográfica para fazer uma tomada. Parecia um jovem repórter em início de carreira tamanha mobilidade.

Ele começou a gravar sobre o presépio na casa do feitor da obra, o empresário Lúcio Bemquerer, que, em cadeira de rodas se recuperava de uma cirurgia na medula. Uma das tomadas foi dentro de casa e outra fora, diante da bela paisagem da Serra do Espinhaço.

Gabeira quis saber da história do presépio desde o início. Os circunstantes tiveram que guardar silêncio total para não empanar a entrevista porque os aparelhos dele eram de alta sensibilidade.

Selecionei alguns momentos do fazimento da entrevista como também dos intervalos, quando acontecia de Gabeira até ajoelhar na sala para apanhar uma lente na sacola.(Veja foto).

Marcante nele, sem falar da competência, da independência profissional, da história trazida na sua mochila de vida, é a simplicidade dele, sob todos os aspectos – na fala clara, calma e objetiva; na maneira de vestir, no modo racional de trabalhar.

Que ele possa voltar a Grão Mogol outras vezes, com mais vagar. A região possui atrativos históricos e naturais que uma pessoa com o olhar crítico dele, trabalhando em um canal de televisão de tamanha visibilidade poderia mostrar ao mundo as maravilhas do nosso sertão.

Imagem da Galeria O jornalista e escritor Fernando Gabeira foi a Grão Mogol visitar o presépio
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