Pelo poder ostentado pelos adeptos da baixa moralidade, o judiciário se acanha e parte dele já se permite estar nos noticiários da imprensa como vendedores de decisões ditas sem “nexo causal”.
22-12-2024 às 09h29
José Altino Machado*
Um trem de carga descarrilou lá em São Paulo. Se bem não conheço onde, mas parece dentro da cidade, e a maior da América Latina, com coisa pouca de gente, 12 milhões e somados ao entorno geminado chega fácil a quase vinte!
Este São Paulo gosta de complicar as coisas. Por que um trem de carga transitaria numa cidade daquele tamanho e em linha de dependência diária da maior força humana de trabalho do Estado?
A impressão que causa é que todo o grande desenvolvimento daquele estado é na bruta. Sem um mínimo planejamento, sequer de como deveriam ser as coisas. E muito se enrola.
Inclusive tendo eleita deputada federal, uma senhora que se torna, hoje, ministra do Meio Ambiente, que nem lidar com as árvores (54 mil) de sua floresta urbana sabe. Tempo chegou, soprou e choveu árvore ao chão decepando fios e descarrilando a necessária energia. Muita inaptidão para política e a administração pública…
Tenho para mim que tudo isso seja resultado de serem indolentes quando aos votos. A paulistada adora brincar com isso. O fazem sem nenhuma preocupação, sequer com consequências danosas a outros tantos estados que nada tem a ver com isso.
É cada um, é cada coisa, que preencheria páginas e páginas de jornais para contá-las.
Lançaram o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, candidato a governador daquele Estado. Perdeu e feio. Metalúrgico, ativista politizado bão de papo e boca, mas nada adiantou. No seu mais expressivo campo eleitoral, o famoso ABC paulista tomou um cacete. Se ficasse nisso estaria bom e normal em se tratando de política e urnas, mas o motivo de tal derrota segundo pesquisas divulgadas à época surpreenderam.
Foi de boca comum “o Lula é legal, grande liderança sindicalista, bom de papo e bico, mas nosso São Paulo é muita areia para o caminhãozinho dele”.
E Lula nunca mais tentou nem se aventurou…
Logo à frente, candidato a deputado federal, sem milagres, foi eleito.
E nem ficou. De lá saiu, se explicando e dizendo que no Congresso Nacional existiam “300 picaretas”. (palavras dele).
Pois é, estou desconfiado que ele pensa do mesmo jeito até hoje. Ainda mais que Fernando Henrique ensinou como aprovar diabruras para sua própria reeleição. Só trocaram de nome, agora se chama EMENDAS. Seja lá a que proposito, com ou sem honestidade sua aplicação, um imoral comportamento de lá e cá, para as necessárias pautas gerencias de nossa Nação.
Como diriam os bons nordestinos de Garanhuns e dos sertões:
– Se avexam não, é?
Taís exemplos, em maiores escalões, são imensamente contaminantes. A moda pega tal qual leite de cabra na caatinga pernambucana.
Pelo poder ostentado pelos adeptos da baixa moralidade, o judiciário se acanha e parte dele já se permite estar nos noticiários da imprensa como vendedores de decisões ditas sem “nexo causal”. Escabrosas e com absurda constância, estão agora, sempre na mira de polícias investigativas.
Dano mais grave, que qualquer indevido recebimento de valor pecuniário, é nossa Corte maior, se vitimizar por conta de vândalos arruaceiros piradões ou enlouquecidos fogueteiros e se atribuir poderes investigativos, de julgamentos primários, e exageradas condenações, degolando outros poderes, afastando e submetendo todas outras instancias. Atropelando preceitos constitucionais ao fazer deixar de existir qualquer outro recurso de proteção ao direito, que não seja à Deus ou ao diabo.
Em diferentes estados da Nação, já praguejam os atos descabidos da falta de moralidade em serviços. Desembargadores e juízes já afastam a vergonha para em fins de mês terem salários que iniciam em duzentos mil e ultrapassam o milhão.
Aliás, esse tal de milhão viceja por todo o Brasil. Só se falam nestes valores. Acabaram-se as centenas e os milhares, quando se referem a ganhos almejados e conquistados.
Também como costume escabroso instituído pós resultado de urnas, o favorecimento descarado do empreguismo, sem um mínimo de preparo ou qualificação para cargo ou trabalho proposto.
Auxiliares de gabinetes de políticos, inexplicavelmente, se tornam conselheiros de áreas de altas tecnologias. A impressão causada é que simpatizantes, militantes e bastantes eleitores interesseiros, procuravam mesmo, valorizando seus votos por uma “boquinha” de encosto.
Promovidos pelas urnas, constroem uma sociedade dependente, que pouco liga a que Ordem e Progresso do país, e a própria Nação sejam ignorados, dando prioridades máximas a suas ambições e ou necessidades.
Como desgraça pouca é bobagem, o interesse público tornou-se coisa de tolos idiotas. Aposentaram a lisura e o respeito, abrindo-se as portas para que a vergonha nos abandonasse de vez.
Um dos bons poderes da Nação, eram seus órgãos fiscalizadores e de vigília às administrações públicas. Departamentos excepcionais de controles do orçamento e gastos dos bens coletivos. Principalmente de gastos e contas.
Chamados de Tribunais de Contas da União e dos Estados. Cada um com o seu. TCU e TCE’s.
Pagam extraordinariamente bem a seus componentes, os cargos são vitalícios e uma delícia de aposentadoria de longa vida. E é poderoso. Suas decisões podem acabar pondo pela janela, executivos que metem as mãos sem dignidade e/ou aleatoriamente, nos sacos orçamentários.
Para saber o tamanho da merda, perguntem a Dona Dilma Roussef.
Entretanto, suas exigências para indicação de seus membros, eram severas, notável cultura, sem comprometimentos pessoais, políticos e lógico, condutas ilibadas.
Avacalhou-se tudo…Até o pacto federativo se viu enrolado por aplicações de leis a um e a outros não. E pior, não estar valendo o que está escrito nelas.
Simplesmente foram indicadas a tais cargos, vitalícios, (bom repetir) esposas de ministros em cargos. Cinco…como diria o caricato Mussum-“Cacildes”!!! Acredito que Lula d’outro lado diria: “puta que pariu!”
Pior, para bem sacanear o respeitável público deste recém-criado picadeiro de gaiola das loucas, também governadores, agredindo ao decoro, indicaram suas consortes. Ao que se sabe, esposa só não pode controlar contas particulares de marido, senão acha coisa. Porém, neste caso, nunca acharão nada.
Estranho é a dicotomia legalista aplicada aos casos dos governadores. Em um, a decisão “judiciária,” tranquilamente sem contestação permitiu, mas noutro, sendo oposição “nem fudendo”, como diria Lula.
Realmente caberiam explicações, pois bagunçou geral. Estes paulistas são de lascar. Verdadeiros promotores de tragedias políticas nacionais. E os caras eram gente boa, bandeirantes e garimpeiros. Entretanto, agora, como sempre, não serviu para eles, mandam de tudo a nossos cuidados: de rinocerontes, atores pornô etc. e líderes de caminhõezinhos fracos.
Nem ligam para o velho ditado “quem pariu Mateus que o embale” Deixando claro, a prevalência de São Paulo e os demais como meros acessórios.
Belo Horizonte/Macapá
*José Altino Machado é jornalista
Nota: No Brasil a disputa não está no desejo do melhor para a Nação, mas sim e unicamente pelo poder.