Fiscais do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais fizeram fiscalização em hospitais e UPA’s de cidades mineiras e vejam abaixo o que encontraram de irregularidades
12-11-2024 às 09h:00
Direto da Redação
É de aplaudir a fiscalização que o TCEMG fez na área de saúde em todas as regiões do Estado. E o Diário de Minas sugere que a fiscalização do tipo seja feita periodicamente e, assim, a Saúde mineira se tornará um exemplo para os patrícios, porque abusos na Saúde tornam-se doença.
A fiscalização do TCEMG foi a 81 hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPA), em 73 municípios, com o envolvimento de um batalhão de servidores e colaboradores em número de 100, mais 54 auditores todos em visitas presenciais
Para que mesmo eles fizeram esse belo trabalho? Foi a fim de analisar os serviços prestados pelos centros públicos de saúde. O importante é que as ações foram praticadas simultaneamente em todo o Estado.
Ao final, os fiscais detectaram “ausência de médicos, remédios mal conservados e equipamentos estragados”, além de outras irregularidades
O número de óbitos em proporção às internações foi verificado pela Superintendência de Contas, concomitantemente à quantidade de relação aos atendimentos como critérios para selecionar as instituições fiscalizadas.
Foram observadas irregularidades no registro de horário dos médicos, como o que aconteceu na UPA 24 horas de São João del Rei e Caratinga e no Hospital Regional de Janaúba. Nesses lugares os profissionais “assinavam o ponto de forma antecipada”. Em São João del Rei a fiscalização encontrou “folha de ponto assinada sem a presença de médico no local; e em Caratinga, não tinha farmacêutico durante a noite”.
No Norte de Minas, o Hospital Regional de Janaúba tinha medicamento controlado sem segurança e há dois anos um tomógrafo desativado. No caso de Lavras, na UPA 24 horas, todos os extintores vencidos. E na UPA de Poços de Caldas não havia nenhum extintor de incêndio.
Em Piumhi, na região Centro-Oeste, foram vistos medicamentos armazenados de forma inadequada na Santa Casa de Misericórdia. A mesma coisa nas UPAs de São João Del Rei e em Caratinga, no Hospital Regional de Janaúba.
Em Pouso Alegre, Sul de Minas, no Hospital das Clínicas Samuel Libânio, havia pacientes internados no corredor. No Pronto Socorro Municipal Terezinha Moreira Marra, em Patrocínio, e no Hospital São João Batista de Viçosa não têm atendimento preferencial.
Em 22,2% das instituições visitadas, o responsável não estava presente e em mais de 19% não havia forma de controle de frequência dos médicos. 44% dos hospitais ou UPAs armazenavam medicamentos de forma inadequada. Em quase 65% das unidades havia equipamentos médico-hospitalares em desuso, sejam novos, antigos ou quebrados.