16-07-2024 às 09h:28

Direto da Redação

O Dia de Minas sempre existiu – 16 de julho – e a partir desta segunda-feira, 15 de julho, passou a existir no calendário de festas mineiras a 1ª edição da Semana de Minas, o que vai acrescentar à Cultura e ao Turismo do Estado.

Para isso, uma série de atividades foi preparada pelo Governo, por intermédio da Secretaria de Cultura de Minas Gerais (Secult-MG) e de instituições ligadas à Cultura e ao Turismo, o que promete movimentar a estreia da primeira edição do que passará a ser uma tradição.

Enfim, se encontrou uma maneira festiva para exaltar as riquezas e a diversidade da cultura de Minas, que é registrada como “mineiridade” internacionalmente.

Até o dia 23 deste mês de julho, uma variada programação artística – música raiz, cinema, literatura, artes plásticas, gastronomia, oficinas e exposições – vai marcar a promoção para sempre.

O Dia de Minas Gerais é um recordo do prumo de mais de 300 anos do Estado e de seu povo. Isso é de tanta importância para os mineiros, que cumpre a tradição de transferir, simbolicamente, a capital para o município de Mariana, onde tudo se deu, por meio de decreto. “Instituído em 1979 pela Lei nº 561 – remontando à chegada, em 1696, da bandeira chefiada pelo coronel Salvador Fernandes Furtado de Mendonça à região onde está a cidade de Mariana”.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, informa que a programação é gratuita, extensa e diversa, para todos os públicos, em várias partes do Estado. O intuito é celebrar a história e a memória de Minas Gerais.

Veja a programação: Nesta terça-feira, 16, o APM publicará, em suas redes sociais, a imagem original da Lei de Criação do Dia de Minas, Lei nº 7561 de 1979, e o vídeo das comemorações do primeiro Dia de Minas, “Dia de Minas e 284º Aniversário de Mariana”, realizado em 1980, que se encontram nos arquivos da instituição.

Hoje, às 16h30, na rampa do restaurante Casa Cheia, no Mercado Central, haverá uma apresentação rápida de integrantes do elenco da ópera “Devoção”. Eles apresentarão um trecho do espetáculo para o público. A produção é da Fundação Clóvis Salgado, e estreia dia 19, às 20h, no Palácio das Artes.

De hoje até o dia 31 de julho, no Museu dos Militares Mineiros (Rua dos Aimorés, 698 - Funcionários, BH) os visitantes serão convidados a escrever em um painel, que ficará exposto no pátio, palavras, frases ou lembranças que definem a sua mineiridade e sua relação cultural e afetiva com o Estado. Eles podem deixar as mensagens das 11h às 17h.

Na Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, até o dia 19, haverá, das 10h às 16h, visita guiada à Coleção Mineiriana, na Sala Eduardo Frieiro, o maior acervo público de obras sobre Minas Gerais, fonte de pesquisa sobre nossa memória cultural e intelectual. Com 24 mil itens, abarcando livros, CDs, filmes, mapas e recortes de jornais, a Coleção apresenta um panorama do estado na literatura, história, cultura, arte e ciências.

A partir desta quarta-feira,17, o público verá, no Palácio da Liberdade, a exposição “A valorização e o resgate de nossa cultura” (de quarta a sexta-feira, de 12h às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h), na qual a elebra o trabalho de Yara Tupynambá, em diálogo com as “afromineiridades”. A mostra exalta a tradição do congado em Minas Gerais. São mais de dez obras da série “Catopês”, criada pela artista nascida em Montes Claros.

O governador mineiro Romeu Zema, secretários de Estado e diversas autoridades, irão participar hoje de uma programação do Dia de Minas, em Mariana, com início às 8h, com uma Missa Solene na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, celebrada pelo Arcebispo da Arquidiocese de Mariana, Dom Airton José dos Santos. Uma hora e meia depois, às 9h30, haverá uma cerimônia comemorativa do Dia do Estado de Minas Gerais e entrega da Medalha do Dia de Minas, para lembrar os 328 anos de Mariana, primeira capital do Estado. A Medalha é um reconhecimento concedido a indivíduos que se destacaram por suas contribuições significativas ao desenvolvimento econômico, social e cultural do Estado de Minas Gerais.

No Circuito Liberdade, uma programação contempla toda a família, que poderá participar de oficinas, exposições, sessões de cinema, apresentações teatrais, contação de história e muito mais. O Educativo do Palácio da Liberdade apresenta o projeto “Férias no Palácio”, que conta com diversas oficinas e visitas guiadas. Já a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais inaugura a exposição “Pequeno Príncipe – Uma Paixão Literária em Várias Línguas”, até dia 31 deste mês, apresenta diversas edições do livro em várias línguas e dialetos, incluindo português e cordel.

Entre hoje, 16 e 31 de julho, o Iepha-MG realizará, em seu canal no YouTube (youtube.com/@TVIephaMG), mostra de cinema comentada com documentários relacionados aos patrimônios culturais (Filmes da EMC) e comentários feitos por detentores e mediação de técnicos e gestores do Iepha. Trata-se de uma parceria com a Empresa Mineira de Comunicação e Rede Minas. Serão exibidos os filmes: “O quê do queijo”, “Inventário Cultural de Proteção do Rio São Francisco”, “Registro Bem Imaterial – Comunidade dos Arturos”, “Violas: o fazer e o tocar em Minas Gerais”, “Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte” e “Folias de Minas”.

Na cerimônia em comemoração ao Dia de Minas, em Mariana, vai acontecer também a intervenção das Guardas de Reinado de Mariana e Ouro Preto. Isso acontece quase um mês antes de uma data especial para o Congado: no dia 10 de agosto, essa importante manifestação cultural da afromineiridade deverá ser reconhecida, por meio do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep) e do Iepha-MG, como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais.

O Quinteto de Sopros da Orquestra Filarmônica de Minas fará hoje de manhã, na sacada do Palácio da Liberdade, uma apresentação de 30 minutos para celebrar o Dia de Minas. No repertório, obras de Joseph Haydn (“Divertimento: Allegro com spirito e Allegretto”), Zequinha de Abreu (“Tico-Tico no Fubá”), Jacques Ibert (“Três peças Breves: Allegro e Allegro Scherzando”), Jacob do Bandolim (“Doce do Coco”), Ferenc Farkas (“Danças Antigas Húngaras: Entrada, Dança Della Scallope e Saltarello”), Paquito D'Rivera (“Aires Tropicales: Valsa Venezuelana e Contradanza”) e Catullo da Paixão Cearense e Antonio Callado (“Flor Amorosa”).