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Mudança climática já influi na produção de grãos

Mudança climática já influi na produção de grãos

Conab divulgou levantamento e a queda no volume da safra é de 6,6% devido a pouca chuva em certos e muita em outros que causaram enchentes. Mas ainda é uma das mais safras.

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15-08-2024 às 08h:20

Direto da Redação

Levantamento feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apurou que os efeitos das mudanças climáticas sobre o desenvolvimento das culturas, a partir do plantio às fases de reprodução das lavouras, geraram situações em que houve em áreas diminuição do crescimento das plantas. Consequentemente, foi registrada  baixa de produtividade também em áreas de cultivo devido a inundações.

Como base nessas causas, a safra de grãos nacionais deve alcançar 298,6 milhões de toneladas, segundo a Conab, o que é 6,6% menor na comparação com a colheita do ano passado.

Em que pese a redução, se a estimativa for realmente confirmada, esta será a segunda maior safra já colhida no Brasil. E por isso mesmo não dá para explicar a fome retratada principalmente nas ruas das grandes cidades como Belo Horizonte.

A Conab não diz, mas está implícito que a safra continua grande porque o agronegócio avançou vorazmente pelo Cerrado mineiro e brasileiro, senão a estimativa seria mais baixa ainda.

Em termos de área cultivada, a Conab acusa o acréscimo de 1,5%, correspondente a 1,18 milhão de hectares a mais, na comparação com a safra passada. Os maiores crescimentos foram na soja (1,95 milhão de hectares), seguido do gergelim, algodão, sorgo, feijão e arroz.

O milho teve redução de 1,3 milhão de hectares, seguido do trigo e demais culturas de inverno. No entanto, a colheita do milho segunda safra está adiantada já na finalização. A produção estimada é de 90,28 milhões de toneladas.

Numa comparação com a safra passada, a soja, principal grão cultivado no País, teve queda de 4,7%soja deve fechar a atual safra produzidas com 147,38 milhões de toneladas.

A produção estimada de algodão pluma é de 3,64 milhões de toneladas, representam recorde na série histórica da Conab, e um aumento de 14,8% na produção. O resultado se deve às condições climáticas que favoreceram o desenvolvimento da cultura. Também colaborou para este crescimento o aumento de 16,9% na área semeada

No Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, em março e abril, aliados

As altas temperaturas. ataques de pragas veranicos comprometeram o potencial produtivo do milho no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, em março e abril. Houve redução da área destinada ao plantio na primeira e na segunda safra.

O total produzido no atual ciclo é de 115,65 milhões de toneladas, número que corresponde a uma queda de 12,3%, na comparação com a temporada anterior.

Conab estima que a safra de arroz seja de 10,59 milhões de toneladas, resultado 5,6% maior do que o volume da safra anterior. O arroz irrigado deverá ficar em 9,74 milhões de toneladas. E o de sequeiro é estimado em 844,8 mil toneladas.

Segundo a Conab, “o aumento verificado é influenciado pela maior área cultivada no país, já que a produtividade média das lavouras foi prejudicada, reflexo das adversidades climáticas, com instabilidade durante o ciclo produtivo da cultura, em especial no Rio Grande do Sul, maior estado produtor do grão”.

Quanto ao feijão, deve chegar nas três safras a 3,26 milhões de toneladas, aumento de 7,3% na comparação com a safra passada. A primeira foi finalizada em 942,3 mil toneladas. Estima-se a safra em 1,5 milhão de toneladas. A falta de chuvas; temperaturas altas e a incidência de doenças e da mosca-branca. Em alguns estados fizeram-no cair. A terceira safra deverá chegar a 812,5 mil toneladas.

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