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Incêndio põe em risco a preservação do Parque Estadual do Rola-Moça há dois dias

Incêndio põe em risco a preservação do Parque Estadual do Rola-Moça há dois dias

O dascinante parque foi cantado em versos pelo poeta Mário de Andrade, paulista de nascimento: “A Serra do Rola-Moça/não tinha esse nome não...”

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Direto da Redação

16-09-2022

9h;10

Incêndio no Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, entre Belo Horizonte, Nova Lima e Ibirité, pega fogo há dois dias e o Corpo de Bombeiros vem tendo dificuldades para debelas as chamas. O combate vem sendo realizado até de madrugada, mas ainda na manhã de hoje havia muitos focos de incêndio.

A Serra do Rola-Moça

Não tinha esse nome não...

Eles eram do outro lado,

Vieram na vila casar.

E atravessaram a serra,

O noivo com a noiva dele

Cada qual no seu cavalo.

 

Antes que chegasse a noite

Se lembraram de voltar.

Disseram adeus pra todos

E se puserem de novo

Pelos atalhos da serra

Cada qual no seu cavalo.

 

Os dois estavam felizes,

Na altura tudo era paz.

Pelos caminhos estreitos

Ele na frente, ela atrás.

E riam. Como eles riam!

Riam até sem razão.

 

A Serra do Rola-Moça

Não tinha esse nome não.

 

As tribos rubras da tarde

Rapidamente fugiam

E apressadas se escondiam

Lá embaixo nos socavões,

Temendo a noite que vinha.

 

Porém os dois continuavam

Cada qual no seu cavalo,

E riam. Como eles riam!

E os risos também casavam

Com as risadas dos cascalhos,

Que pulando levianinhos

Da vereda se soltavam,

Buscando o despenhadeiro.

 

Ali, Fortuna inviolável!

O casco pisara em falso.

Dão noiva e cavalo um salto

Precipitados no abismo.

Nem o baque se escutou.

Faz um silêncio de morte,

Na altura tudo era paz ...

Chicoteado o seu cavalo,

No vão do despenhadeiro

O noivo se despenhou.

 

E a Serra do Rola-Moça

Rola-Moça se chamou.

Imagem da Galeria Incêndio no Parque do Rola-Moça
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