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Ela foi aprovada em vestibular de medicina aos 86 anos

Ela foi aprovada em vestibular de medicina aos 86 anos

Ela integra a Academia Montes-clarense de Letras e a Academia Feminina de Letras de Montes Claros. Escreveu 30 livros e é uma grande personalidade nos meios culturais da cidade e região.

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29-07-2024 às 09h:49

Direto da Redação

Alvíssaras! Só temos que cantar loas à Maria da Glória Caxito Mameluque, Glorinha Mameluque como é conhecida, porque aos 86 anos, idade em que muitos estão acomodados, ela estuda e tanto estudou que foi aprovada no vestibular para o curso de medicina da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

Ela integra a Academia Montes-clarense de Letras e a Academia Feminina de Letras de Montes Claros. Escreveu 30 livros e é uma grande personalidade nos meios culturais da cidade e região.

Ela nasceu em São Romão, em 1938, às margens do Rio São Francisco, no Norte de Minas, mas fixou residência em Montes Claros há mais de meio século.

Glorinha fez vestibular depois que a Unimontes abriu oportunidades em cursos, com vagas disponíveis para pessoas a partir dos 60 anos. Duas vagas para cada curso.

Animada como é, ela disse que cursar medicina era um desejo dela, “e graças a Deus surgiu essa oportunidade na Unimontes e agora eu acho que chegou a minha vez”.

Com toda certeza, os jovens terão o privilégio de serem colegas de Glorinha. Eles irão aprender muita coisa boa na convivência com ela, formada em três faculdades – Enfermagem, Direito e Psicologia - antes de partir para cursar medicina aos 86 anos. E depois de ter escrito 30 livros.

Ela está acostumada a conviver com a juventude, e não parece ter a idade que possui, tamanha é a sua vitalidade e vontade de aprender coisas novas. Aliás, é justamente essa energia vital que a move e a faz viver.

“Quando fiz psicologia, já tinha mais de 60 anos e na minha turma tinha muitas pessoas de 20 e poucos anos. Eu acho que vai ser muito bom para mim, no curso de medicina, e vou procurar me enturmar também”, comentou.

Glorinha já se vê enturmada, “quando a gente convive com os jovens, a gente aprende com eles. E, acho também que eles vão aprender muito comigo, pela maturidade, pela experiência de vida, acho que vai ser uma troca muito interessante”, acredita.

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