Direto da Redação

17-09-2022

8h:40

Alberto Sena

No Bairro Santo Antônio, com entrada pela Rua Zoroastro Torres, há um novo parque, recentemente cercado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), onde vive um casal de saracura.

Quem não conhece saracura fica intrigado com o seu canto característico, que dá a impressão de a ave estar repetindo o que acabou por gerar o seu nome popular, isto é, “saracura três potes”, linda e encontrada em todo o território nacional.

Saracura não quer dizer que a ave sara e cura, porque se fosse assim, a essa altura já estaria extinta, porque seria caçada e era uma vez uma ave que nem sara nem cura.

O nome é tupi-guarani e quer dizer algo parecido com “ave do pântano semelhante a uma garça”, segundo os entendidos.

Saracura vive sempre em casal. Não dá para distinguir se o canto dela é de macho ou de fêmea.

Pode até ser que haja por aí quem não goste do canto da saracura, porque ela canta tanto no final como ao nascer do dia, podendo ser até de madrugada, o que deve incomodar a quem não tem o costume e ache estranho.

Entretanto, o canto transmite a quem o ouve a sensação de estar no campo a ouvir saracura e outros pássaros que gorjeiam ao nascer de cada dia.

O interessante é que o parque está entre os vários existentes em Belo Horizonte, criados pelo jornalista Paulo Emílio Coelho Lott, quando ele ocupou o cargo de Secretário Municipal de Meio Ambiente, no governo do então prefeito Célio de Castro.

Além de saracura são encontradas muitas outras aves no parque, como sabiá laranjeira, pássaro-preto, canário e rolinha marrom em quantidade.