20-06-2024 às 08h:20

Direto da Redação

O comportamento da nova direção da Associação dos Mineradores de Ferro do Brasil (AMF) tem sido passivo de críticas porque depois do afastamento do presidente, João Alberto Paixão Lages, após uma ocorrência com a secretária de Estado de Meio Ambiente, Marília Carvalho de Melo, não anunciou a que veio nem se vai fechá-la duma vez, antes de dar os seus prenunciados frutos.

Mas, ao que tudo indica, a nova direção não parece entusiasmada com o quadro encontrado e no ar está a sensação de que irá fechar a AMF do mesmo modo como chegou, sem anúncio algum. Pode ser como o fechamento de um estabelecimento comercial que não deu certo e foi cancelado no nascedouro.

Mais estranho ainda é o motivo que levou o presidente João Alberto a ser afastado, o que não foi divulgado. E quem está do lado de fora fica imaginando o que deve ter sido, que os mineradores não quiseram nem falar. É como se nada tivesse acontecido. Melhor deixar ficar assim para não sujar a roupa de minério e ficar brilhando em contato com o Sol ou à sombra.

Em meio a um tiroteio silencioso como está sendo tratado o final de uma entidade que podia ter dado certo, a partir do lançamento de um “Manual de Boas Práticas em Sustentabilidade”, que, caso fosse implementado, os mineradores estariam seguindo as exigências desses novos tempos, diante das metas lançadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), para conter as mudanças climáticas, e as medidas ESG – Ambiente, Social e Governança.

Mas, pensando bem, melhor ter sido assim, a AMF não ter dado certo logo no início, do que passar anos servindo de escudo e de blindagem para alguém que não tinha a condição de liderar empresários do ramo, que acabaram por se afastarem antes de o erro ser praticado, e precisa ser revelado a qualquer hora.

Por outro lado, o fato de não ter dado certo é ruim para os mineradores, considerando que a mineração é um meio que agride a terra, e para os ambientalistas, se não tiver uma condução dentro dos limites adequados irá continuar a ter quem reaja contra ela e estampe os buracos abertos nas manchetes dos jornais, rádios e TVs.

E, isso acontecendo é comportamento correto da mídia, que se apresenta como sentinela da sociedade para pôr um freio nos avanços irresponsáveis dos que só querem lucrar com os frutos da terra, sem cuidarem da preservação da água e do meio ambiente de modo geral, do qual todos nós seres humanos, tão desumanos, dependemos.