No caso da “ponte que partiu”, título do artigo mais recente do colunista do DM Rogério Reis Devisate, a causa é a falta de atenção das autoridades para a manutenção dos bens públicos.
30-12-2024 às 09h02
Alberto Sena*
Melhor teria sido iniciar este texto de outra forma, se a nossa realidade não fosse tão hostil. Iniciaríamos um Ano-Novo nesta quarta-feira, 1° de janeiro dando os parabéns à humanidade por bom comportamento. Mas não é o caso. Claro que a data é marcada no calendário, como os dias subsequentes também, faça chuva ou faça sol, todo dia em si é como tantos outros passados e futuros serão.
O calendário só nos serve para impedir que fiquemos desorientados, como baratas tontas. O que, aliás. é justamente o que acontecesse neste momento em que o leitor do Diário de Minas lê este texto. Em meio século mais um quarto de minha existência, nunca as famílias passaram uma virada de ano, como se diz, como essa que vamos passar.
Sem falar da quantidade de guerras explodindo no mundo, os acontecimentos outros negativos passaram a ser registrados com um número enorme de mortos. De repente passaram a acontecer acidentes rodoviários e aéreos, além de queda de pontes, como a do Maranhão e Tocantins.
No caso da “ponte que partiu”, título do artigo mais recente do colunista do DM Rogério Reis Devisate, a causa é a falta de atenção das autoridades para a manutenção dos bens públicos. E no final, vamos todos pagar as contas. Foi um “acidente” anunciado com muita antecedência e tanto é verdadeiro isso que o vereador Elias Junior (Republicanos), de Aguiarnópolis, no momento filmava a ponte quando ela começou a cair.
É justamente neste ponto que quero chegar e me baseio no ditado popular “quem avisa, amigo é”: a Prefeitura de Belo Horizonte deve ficar de olho na manutenção das trincheiras e dos viadutos da cidade. A trincheira que dá acesso à Avenida Nossa Senhora do Carmo está precisando de manutenção. Qualquer pessoa de bom senso pode enxergar isso.
A Municipalidade costuma negligenciar a manutenção dos bens e só toma uma atitude diante de um acidente ou tragédia. E neste caso dos viadutos e trincheiras, a base é o pensamento holístico: pensando no todo – na humanidade – e atuando localmente. E o localmente da vez são os reparos em trincheiras e viadutos, antes que o mal aconteça.
Nos dias atuais, ao que tudo indica, há em circulação pelo mundo a energia negativa que eclodiu com a primeira bomba explodida pelo ditador Putin ao invadir o país irmão da Rússia, a Ucrânia. Desde então, como todos devem estar acompanhando, as guerras passaram a acontecer em várias partes do mundo e também os acidentes de avião e outros mais.
Evidentemente que, se do lado de fora estamos testemunhando tanta cena negativa, é porque as gentes humanas não estão bem por dentro. E só há, ao que parece, uma maneira de vencer essa disparada do mal, a partir da melhoria do interior das pessoas e principalmente dos poderosos governantes dos países chamados desenvolvidos.
Significa, principalmente, que, em vez de se aproximar cada vez mais do EU Verdadeiro, a maioria das 9 bilhões de almas se distancia. E eis aí a razão dos problemas, quando devia aproximar cada dia mais.
*Jornalista e escritor