16-09-2024 às 10h:03

Direto da Redação

Alberto Sena*

Que me perdoem os nobres vereadores da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), mas mesmo considerando a importância da bandeira da nossa capital e o seu valor simbólico, há muitas outras questões importantes e de urgência para serem tratadas pelos digníssimos edis.

Essa premência em aprovar uma nova bandeira, sem que houvesse uma divulgação massiva e também uma consulta popular, o que seria de bom alvitre porque demonstraria exercício de democracia, é necessário que seja muito bem explicado para a população, principalmente porque é o “terceiro candidato” nas próximas eleições.

Se se for considerado o que essa troca de bandeira significará para a população, em termos de prejuízos, os nossos edis teriam pensado mais de uma vez ao aprovar essa substituição principalmente em um momento crucial para a cidade, o Estado, o País e o mundo convulsivo em que vivemos.

Pensando globalmente e atuando localmente, seria de maior valia que os vereadores andassem pelas ruas de Belo Horizonte para ver a realidade dos irmãos que estão vivendo nas calçadas. Como essas pessoas que estão sem casa e sem comida iriam reagir diante de uma bandeira nova? Se até mesmo a atual bandeira poucos a conhecem?

Essa substituição, além de inoportuna, muita confusão vai gerar para os eleitores, significará um gasto maior para o TRE, e deveria ser divulgado para o conhecimento da população. A não ser que o autor que idealizou a bandeira nova nada tenha cobrado para isso, mas se tiver cobrado, vale acrescentar às despesas que serão relacionadas abaixo.

1 – As bandeiras serão confeccionadas e todo o material vai custar dinheiro. Da idealização à confecção.

2 – Quantas bandeiras serão confeccionadas e usadas para substituir a atual nas instalações e em repartições públicas e uma infinidade de usos mais?

3 – Quem vai se responsabilizar por isso, pela confecção e qual empresa fará esse trabalho, que, certamente, não será gratuito?

4 – Quem irá pagar essas contas? É a Câmara Municipal de Belo Horizonte? Ou a prefeitura? O dinheiro saindo de um ou do outro, é dinheiro público, quem vai pagar a conta é o cidadão.

5 – O povo que vai votar no dia 6 de outubro precisaria estar sabendo minuciosamente dos custos dessa empreitada inoportuna.

6 – A forma como tudo está sendo feito acaba por gerar suspeições de toda ordem na cabeça do eleitor mais esclarecido. E para evitar tudo isso e muito mais, é de fundamental importância que os edis expliquem tudo, com todos os pormenores.

7 – Essa iniciativa é importante porque, caso o eleitor vote contra, toda uma despesa com dinheiro público, que já deve ter sido feita, será computada como prejuízo. E um prejuízo que poderia ser evitado

*Editor Geral do DM