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Ele quer organizar os pobres

A administração dele será marcada pelo “apoio à luta dos trabalhadores, da juventude e dos setores oprimidos: negras, negros, mulheres e LGBTQIA+”. Por que, segundo ele, “do contrário, os trabalhadores vão continuar sendo explorados e também enganados nestas eleições”.

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06-09-2024 às 09h:22

Direto da Redação

O décimo candidato a prefeito de Belo Horizonte, cujo nome estava escrito em um “papelzinho”, como no caso dos outros nove, e dentro do famoso recipiente, ninguém precisa adivinhar quem seja. Se tiver de memória a lista dos dez sabe direitinho o que falta no rol de candidatos, o nome dele é Wanderson Rocha filiado ao Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), representado pelo número 16.

Para completar um time de futebol faltou só mais um candidato, que o Diário de Minas entrevistará amanhã. Quem é? Aposto que o prezado leitor ficou curioso para saber. É o eleitor. Sem ele. Nada feito, não tem eleições.

Mas vamos devagar com “o andor porque o santo é de barro”. Todo mineiro conhece a expressão. Hoje vamos falar do professor Wanderson Rocha. Para ele entrar para o rol dos cinquentões falta só um ano. Formado em pedagogia pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), é mestre em Sociologia pela Universidade de Coimbra e professor da rede de ensino municipal de Belo Horizonte.

Wanderson apresenta como destaque a proposta “por uma juventude revolucionária e socialista” e quer pôr um ponto final na escala de trabalho que “submete os jovens pobres a uma rotina adoecedora”, seis dias de labuta e uma folga. Promete dividir o trabalho de acordo com as necessidades de produção da cidade, entre todos os jovens e desempregados.

Se eleito, e depender dele como prefeito, vai acabar com essa escala convencional, mas antes levará a questão a debate para provar que as excessivas jornadas comprometem a saúde física e mental dos trabalhadores, mormente a juventude. Essa não é uma conclusão pessoal, mas baseada na Organização Mundial de Saúde, que revelou: o trabalho excessivo pode levar a doenças graves e até a morte.

Para resumir numa frase, essa proposta tem o objetivo de aumentar a qualidade de vida da juventude da capital.

Mas, uma pergunta não quer calar: porque, Wanderson, você quer ser prefeito de Belo Horizonte: “Ser prefeito de BH é a oportunidade de inverter as prioridades, de uma cidade que hoje é controlada pelos bilionários”.

A administração dele, caso venha a se eleger prefeito, será marcada pelo “apoio à luta dos trabalhadores, da juventude e dos setores oprimidos: negras, negros, mulheres e LGBTI+”. Por que, segundo ele, do contrário, os trabalhadores vão continuar sendo explorados e também enganados nestas eleições”.

Ele tentou ser vereador de BH em duas oportunidades e disputou também uma cadeira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, mas em nenhuma de suas tentativas foi bem sucedido.

Bem, mas, e o patrimônio declarado por ele, qual é? É de R$ 372 mil, referentes a um imóvel e a um carro.

E a sua vice-prefeita, que não foi apresentada até agora, nesta oportunidade, quem é? Ela é Andréa Ferreira, 53 anos, professora e filiada ao PSTU, pelo qual disputou para vereadora e deputada federal mais de uma vez, sem sucesso.

Wanderson concorre para prefeito vestido com a própria camisa do PSTU, sem coligação ou federação. E para entrar um pouco pelo menos na sua intimidade, a intenção dele é chamar os trabalhadores e as gentes pobres para se organizarem, a fim de encarar o sistema capitalista, que acaba por concentrar a riqueza em poucas mãos, provocando a desigualdade e o desemprego.

Ele acredita que o seu programa de governo se enraizou na classe trabalhadora e em meio ao povo pobre.

A formação do candidato tem por base os movimentos estudantis. Estudou na Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), foi diretor do Sind-Rede BH - Sindicato dos Trabalhadores de Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte.

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