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O sétimo candidato

O número, para quem acredita em numerologia, é cabalístico, e por ser professor de matemática e física, ele está com a régua, o esquadro e o esquadro para enfrentar as eleições de outubro

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03-09-2024 às 09h:15

Direto da Redação

Restam, agora, no recipiente usado para sortear os nomes dos candidatos a prefeito de Belo Horizonte, que a cada dia tem sido mostrado pelo Diário de Minas, três candidatos, porque o de hoje será o sétimo, e como o leitor vem acompanhando, já falamos aqui sobre, pela ordem, Mauro Tramonte (Republicanos), Gabriel Azevedo (MDB), Fuad Noman (PSD), Duda Salanbert (PDT), Bruno Engler (PL), Lourdes Francisco (PCO) e o sétimo personagem desta série.

Recipiente sacudido ei-lo, o “papelzinho” com o nome de...de quem?  De Rogério Correia (PT). Ele é de Belo Horizonte, e por ser professor de matemática, é de se supor que já tenha feito as contas quanto ao número de votos que deverá arrebanhar no dia das eleições de 6 de outubro. E também por ser professor de física, Rogério, a essa altura da sua experiência política, deve ter consciência do tempo e do espaço que ocupará nas urnas.

Especulações à parte, o candidato possui meia meia de anos e desde muito tempo está envolvido com movimentos populares e sindicais, o que certamente explica as três vezes em que foi eleito vereador de Belo Horizonte e a experiência no convívio popular. Explica também as quatro legislaturas como deputado estadual e os dois mandatos de deputado federal.

Isso significa que Rogério seguiu os degraus da escada para a Câmara dos Deputados e quer experimentar uma vida nova em sua terra natal. E para isso, apresenta um plano de governo, para o caso de ser eleito, bastante completo, alcançando todas as áreas e principalmente a social.

Disse que irá vincular ao seu plano de governo, as ações federais já existentes, como o Bolsa Família e mais interessante ainda é que Rogério diz que criará um programa de renda para os idosos.

“Vou criar o “Pró-Idoso”, a partir de uma renda extra, mas principalmente o lugar de acolhimento e de cuidados. Um programa que pouco existe pouco e eu quero complementar para aqueles que existem além do governo do presidente Lula”.

E por falar no presidente Lula, Rogério é muito chegado nele e certamente confia nessa sua proximidade para chegar à prefeitura da capital mineira. Promete estender o programa “Pé de Meia”, da União, para a inclusão de estudantes do ensino fundamental da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e assim ele acha que irá diminuir a evasão escolar.

“Territórios de Cidadania” – que é isso? Segundo Rogério, que quer criá-los, caso seja eleito, são ações desenvolvidas nas áreas de maior vulnerabilidade, focado na melhoria do índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Ele se recorda de ter apresentado ao governo federal, na condição de deputado, a proposta de transformar a Serra do Curral em um parque nacional. Se eleito, afirmou que vai garantir a preservação ambiental da área, não permitindo mineração no local.

A Serra do Curral, para ele, “é como se fosse minerar no Rio de Janeiro, no Pão de Açúcar, não tem lógica minerar na Serra do Curral. O ideal é um parque nacional com recurso inclusive que venha do governo federal para que a gente tenha lá também área de turismo, lazer, esporte, é muito melhor que minerar aquele cartão-postal”, argumentou e ainda prometeu plantar uma árvore para cada habitante da capital, de 2,7 milhões de habitantes (?).

A intenção dele é resgatar o antigo título “Cidade Jardim” e promete trabalhar para ter o plantio de árvores.

E mais ele quer assegurar, se eleito for: tarifa zero no transporte coletivo municipal aos fins de semana e rever os contratos com as empresas de ônibus para modernizar e melhorar o sistema. Isso ele promete fazer já no primeiro dia de mandato, em 1º de janeiro de 2025.

E como é que ele vai fazer isso? “Eu vou montar uma comissão com os empresários de ônibus, com usuários, com técnicos, para a gente modificar o contrato. Nós não vamos aceitar esse contrato até 2028. Você não pode continuar tendo ônibus que tem o horário controlado pela empresa de ônibus — quem tem que fazer o controle disso é a prefeitura”, disse.

Um dos grandes problemas da cidade têm sido as enchentes. Entra ano sai ano, os prefeitos não têm conseguido resolver, e ele diz que resolverá. Vai remover as famílias que vivem em áreas de risco, como a Vila do Índio, e levá-las para novas moradias. E vai fazer mais obras com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.

Segundo Rogério ele irá criar um “parque linear”, que considera como “um exemplo de obra a ser feita, que você não permite mais o processo de enchente, retira aqueles que estão lá e realoca em moradias e resolve o problema. Quando eu falo em parceria e me orgulho de ser o candidato do presidente Lula é porque a gente tem também o “caminho da pedra”, vamos dizer assim, para trazer obras importantes, e as do PAC serão fundamentais”, reforçou.

E para resolver a famigerada despoluição da Lagoa da Pampulha, ele dá o prazo de até 2028.

Outra promessa interessante é transformar Belo Horizonte em um polo de produção de vacinas.

*Bella Gonçalves (Psol) é a candidata a vice-prefeita na chapa de Rogério Correia. Isabella Gonçalves Miranda, 35 anos, é deputada estadual. Em 2016, Foi candidata a vereadora de Belo Horizonte, em 2016, mas ficou na suplência. Em 2020, concorreu novamente ao cargo e foi eleita. Em 2022, conseguiu a reeleição.

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