01-09-2024 às 09h:19

Bento Batista*

Contra aquilo que não tem remédio, resta a aceitação e investir na vida interior cada vez mais, com dose e meia de vigor. Refiro-me ao avançar da idade.

Por meio de fotos, principalmente as mais antigas, tem-se um parâmetro para o que digo nessas linhas. Basta fazer uma incursão aos guardados.

Importante é refletir sobre o tema. Se chego até aqui vivo, evidentemente, é porque ainda não morri. Simples assim,

Muita gente morreu antes de mim nesse caminhar implacável rumo à evolução espiritual. Se ainda aqui estou é porque o nosso Criador tem um propósito para mim.

Sou consciente de aqui estar para servir na teoria e na prática, e quando chegar a hora de ir embora vou me sentir como um servo inútil. Alguém pode até achar que fiz alguma coisa, mas em verdade, nada representa.

Mas já vivi o suficiente para fazer comparações. Nas décadas passadas, a Humanidade e o planeta tinham os seus problemas, mas eram menores e a qualidade de vida era melhor.

Que o prezado leitor, meu confidente, me perdoe, mas generalizo para não apontar ninguém, essa massa humana que pesa sobre o globo está doente. E não é de hoje. Só quem não lê, não vê TV ou não escuta os burburinhos pode achar que “tudo vai bem; berem bem-bem”.

Quem conhece sabe, “a plenitude da Lei de Deus é a caridade”. Mas a caridade da lei não é só sair por aí distribuindo dinheiro ou bens materiais. A verdadeira caridade é “dar de si a alguém”.

Nesse fuzuê a que transformamos a vida, o responsável sou eu e cada um de nós porque refletimos fora o que temos por dentro. E se lá fora a vida não está boa, por via de consequência, é porque não estamos bem. Concorda?

Então, acho que cabe a cada um de nós cuidar de si. E dos nós da vida, para introjetarmos aquilo que nos faz crescer por dentro e nos leva a praticar no dia a dia as melhores ações e a externar os melhores sentimentos, certos de que tudo é energia. E tudo que vai volta para a gente.

Se por dentro a pessoa está bem consigo e em sintonia com a corrente do bem, o coração pulsa na mesma frequência do Amor Universal, faz a sua parte e ninguém poderá fazer isso por ela.

Assim, devagar, mas frequentemente, podemos melhorar o todo, com base na fraternidade, por amor ao próximo.

Ainda há tempo de nos melhorarmos, porque estamos vivos.