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Cultura vence no acordo entre Fiemg-Codemig

Cultura vence no acordo entre Fiemg-Codemig

Flávio Rosce anuncia o cancelamento do contrato menos de uma semana depois de assinado. Diz ele que a intenção era ajudar, depois de afirmar que a sala está subutilizada

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17-04-2024 às 09h:00

Direto da redação

Palavras do presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, logo após a assinatura do contrato entre o (Fiemg) Sesi Minas e a Codemig, semana passada: “O coração de Belo Horizonte tem que pulsar aqui nessa sala (da Filarmônica). É um prédio magnífico que foi construído para ser o “Templo da Cultura”, aqui, em Belo Horizonte e, infelizmente, na nossa avaliação, ele está subutilizado”.

A partir dessa fala dele, desencadeou-se uma reação da classe artísticas de Minas Gerais, porque entendeu-se e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Durval Ângelo também, que a intenção era privatizar o espaço e o acordo foi paralisado.

Menos de uma semana depois, Roscoe anunciou o cancelamento do contrato, na abertura do Minas Trend, evento de moda. Fiemg não quer mais gerir Sala Minas Gerais, casa da Filarmônica.

Segundo o acordo, Sesi e Codemig iam gerir o espaço cultural que custa “aos cofres públicos” R$ 4,5 milhões ano.

Agora, concomitantemente ao cancelamento, a conversa do presidente Roscoe é outra: “Entramos no projeto na perspectiva de ajudar. Segundo os relatórios da Filarmônica, há 130 dias vagos na sala Minas Gerais. Nós, com um espaço maravilhoso que é a Sala Minas Gerais, usada por um pequeno grupo, elite intelectual, econômica, que não tenho nada contra, mas que pode sim dialogar com outros movimentos culturais, e esta é a proposta que a Fiemg ia colocar na mesa, primeira vez que vejo alguém ser rechaçado antes de apresentar a proposta. Soltaram uma nota dizendo que nunca tinham sido comunicados, tenho comunicações com o presidente do conselho da Filarmônica. Nós dialogamos e toda a proposta que fiz foi negociada em acordo, é lamentável tanta desinformação”.

Sesi e Codemig iam gerenciar também, com base no acordo que acaba de ser cancelado pelo presidente da Fiemg, o prédio próximo denominado Centro Cultural Presidente Itamar Franco, a Mineiraria. A intenção era fazer funcionar uma escola de gastronomia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

O prédio da Filarmônica é bonito, bem instalado, e conta com 1.500 lugares, e tem um alto custo de manutenção, estimado em R$ 4,5 milhões por ano. E na opinião de Roscoe, está subutilizado.

Depois de toda essa celeuma, é possível que os integrantes da Filarmônica estejam, cada um na sua intimidade, tocando o seu instrumento, agora, com mais tranquilidade.

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