O Carnaval de BH acabou? Não, vai até domingo
O Carnaval dos mineiros acabou por se revelar lima grande negócio e o governador de Minas, Romeu Zema, empresário que é, já enxergou isso e fala em investir mais
15-02-2024 às 17h17
Direto da redação
O Carnaval de Belo Horizonte acabou na madrugada de Quarta-feira de Cinzas. Acabou?! Acabou para você, folião ingrato, porque vai até domingo, a partir de amanhã.
Por esses dias, então, 42 blocos que não se mostram nos dias momescos, irão se exibir certamente porque não conseguiram espaço na data.
Esse Carnaval que vivemos, o maior até agora, provou por A mais B que daqui para frente o entretenimento virou negócio. A mesma coisa que se deu com o futebol, que já foi uma arte e virou negócio, aconteceu com o Carnaval de BH.
Pela reação do governador Romeu Zema (Novo), ao falar sobre o sucesso socioeconômico e turístico do Carnaval, dizendo que tem sido potencialmente mal utilizado. Certamente, ele enxerga o Carnaval empresarial e politicamente, porque viu as correntes humanas se arrastando feito cobra pelo chão, massa conduzida por uma banda.
O Carnaval nem acabou, e o governador já apresentou os números. Demonstrando eficiência nesse quesito. Foram mais de 12 milhões de foliões - 6,5 milhões no interior e 5,5 milhões em BH – viveram o Carnaval em Minas.
Houve uma alta de 9% se comparado com o ano de 2023. A verdade é que Minas recebeu número recorde de turistas e o impacto disso foi um jogo de perde e ganha e ao que tudo indica foi o Estado o ganhador maior, porque aqui, em Belo Horizonte, os ambulantes e os usuários de banheiros sanitários perderam e reclamaram muito.
Olha, quem a essa altura estiver de boca aberta com tudo que está lendo precisa saber que para o Observatório do Turismo de Minas Gerais, o Estado recebeu mais de 557 mil visitantes de outros estados, em mais quantidade de São Paulo, Distrito Federal e Bahia, nessa ordem.
É gente para chuchu, massa que fez diluir na economia mineira R$ 4,7 bilhões, R$ 1,8 bilhão além do estimado. E durante o percurso, foram criados empregos temporários para o correspondente à população de uma grande cidade – 100 mil – somando tudo, daqui e do Estado.
De circo, quer dizer, de Carnaval, o governador Zema parece gostar muito e se dispõe a investir mais para o ano. A opinião dele é: “Se tem uma coisa que representa o Brasil é o carnaval. Ainda acho pouco explorado”, disse.
Ele se achava orgulhoso da folia e apontou como um dos destaques a segurança pública. “Quero dar os parabéns para a Polícia Militar. A nossa polícia, mais uma vez, foi eficiente”.
Houve redução de 33% em todas as infrações penais. “O que a gente viu nos blocos foi muita segurança. E 73% dos foliões disseram se sentir seguros no carnaval de Belo Horizonte”, disse Rogério Greco, secretário de segurança pública de Minas Gerais.
Pesquisa informa que 88% dos foliões consideraram o Carnaval “ótimo”, com nota entre oito a dez em uma escala de zero a dez. A metade, 52,4% deu nota dez. A maioria absoluta, 90%, promete voltar em 2025.
ASSOCIAÇÃO DOS DELEGADOS DA POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS, ADEPOL
NOTA DE REPÚDIO
O enredo da Escola de Samba Vai Vai afrontou as forças de segurança pública de todo o País ao tratar com escárnio a polícia.
Desrespeitou e tratou, de forma vil e covarde, uma instituição séria e altiva.
Esta escola de samba não respeitou os profissionais dedicados dia e noite à proteção da sociedade e ao combate ao crime.
Os policiais são cidadãos e se expõem na defesa de toda a sociedade, muitas vezes ao custo de suas próprias vidas.
Mesmo em condições precárias não esmorecem. São homens e mulheres, cidadãos brasileiros, que lutam dia e noite para garantir a vida em nossas cidades.
Elaine Matozinho, presidente da ADEPOL