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Em algum rincão do Estado de Minas Gerais ainda deve haver quem conserva a arte de datilografar

Em algum rincão do Estado de Minas Gerais ainda deve haver quem conserva a arte de datilografar

O dia 24 de maio é dedicado ao datilógrafo, profissão praticamente desaparecida do cenário com o advento da informática e as suas máquinas chamadas computadores.

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Direto da Redação

28-09-2022

Alberto Sena

A gente percebe que o tempo passou quando dá de cara com um anúncio como este: “Se não fores dactylografo não conseguirás um emprego!”

O anúncio está na página 17 da revista Bello Horizonte, número 87, de novembro de 1937”.

A revista está sob a guarda do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte.

No mínimo interessante esse anúncio, que bem serve como meio de comparação para refletirmos sobre os tempos em que vivemos.

O dia 24 de maio é dedicado ao datilógrafo, profissão praticamente desaparecida do cenário com o advento da informática e as suas máquinas chamadas computadores.

É possível haver, em algum rincão deste Brasil varonil, que precisa desvencilhar-se das amarras que o prende à mediocridade, alguém que ainda exerça a profissão de datilógrafo.

 

Eu sou datilógrafo desde os 12 anos de idade. Aprendi datilografia em Montes Claros, terra onde nasci, no Norte de Minas. Ainda me lembro da escola de datilografia, na Rua Pires e Albuquerque, quase esquina de Rua Dom Pedro II. Só não me recordo do nome do dono da escola.

Lembro-me bem de quando o meu querido irmão, Waldyr, mais antigo do que eu 14 anos, me chamou e falou que era para eu ir lá aprender datilografia, o que se encaixou direitinho à mensagem do anúncio publicado em 1937, que reproduzo aqui para lembrar o datilógrafo, que hoje, certamente digita as teclas de um computador.

Aproveito a oportunidade para dizer que foi em 1961 quando aprendi datilografia, e sempre escrevi utilizando todos os dedos, até hoje, quando as pontas dos meus dedos tocam as teclas do notebook.

Mas tenho a minha antiga Remington guardada como uma relíquia.

De lá até o dia 28 de setembro de 2022, muita coisa aconteceu em matéria de tecnologia. Atualmente, dentre os riscos para a humanidade, é a possibilidade de ser varrida da face da Terra pela Inteligência Artificial dos robôs parecidos com os seres chamados humanos, mas com poder muito além da nossa massa cinzenta.

Quem avisa sobre essa possibilidade é o homem mais rico do mundo, Elon Musk, associado à Nasa. “Quando as pessoas começarem a ser mortas nas ruas por robôs...” Os cientistas irão acreditar no alerta feito por ele.

Imagem da Galeria Que não soubesse datilografia podia não arranjar emprego
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