Produz 20% da energia fotovoltaica do País. A notícia foi dada pelo deputado Gil Pereira durante o 9º Congresso Brasileiro de Geração Distribuída, no Expominas, em Belo Horizonte
Direto da Redação
Ao alcançar 10 GW, o Estado de Minas Gerais produz hoje 20% de toda energia fotovoltaica produzida no Brasil, que chegou a 49,043 GW. Para o leigo, 10 GW (gigawatts) é uma quantidade de energia que corresponde a um bilhão de watts.
A notícia foi transmitida no 9º Congresso Brasileiro de Geração Distribuída, o maior evento do gênero na América Latina, pelo deputado Gil Pereira (PSD), presidente da comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O evento acontece no Expominas, em Belo Horizonte, e termina hoje, 31, promovido pelo Grupo FRG Mídias & Eventos.
Os 10 GW alcançados por Minas Gerais são o resultado da soma do potencial das grandes usinas de geração centralizada, com 5,793 GW, mais os pequenos e médios sistemas de geração própria. Isto é, a geração espalhada em telhados e nas áreas de residências, condomínios, prédios públicos, comércios, indústrias e propriedades rurais, com 4,208 GW.
A chamada geração centralizada produz acima de 5 megawatts (MW) e a geração distribuída gera até 5 MW.
Para o deputado Gil Pereira, “Minas saiu na frente e os números demonstram a nossa liderança nacional. Resultado da luta que travei pela inovadora legislação mineira de incentivo ao setor, com leis de minha autoria, aprovadas na Assembleia, a primeira no País que isenta de ICMS usinas até 5 MW, beneficiando sistemas de pequeno e médio portes”.
Político com base em Montes Claros e Norte de Minas, ele exalta os benefícios socioeconômicos: “São milhares de empregos, renda, energia limpa, aumento na receita dos municípios para saúde, educação, infraestrutura e apoio ao produtor rural”.
As principais empresas especializadas na área de energia fotovoltaicas na América Latina se fizeram presentes com o intuito de proporcionar debates sobre tendências, mais os avanços tecnológicos e, evidentemente, as estratégias de mercado para catapultar a geração de mais energia em Minas Gerais, que considerado Estado privilegiado devido a luminosidade, uma das suas características que geraram a fama de ser a “síntese do Brasil”.
Carlos Evangelhista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída, o crescimento do setor foi grande em sete anos e o congresso seria para ele demonstração clara desse avanço abrangente.
“Temos aqui vários players de diferentes setores: instaladores, fabricantes, especialistas, consultorias, escritórios jurídicos, todos atuando de uma maneira direta ou indireta em geração distribuída e contribuindo para a transição energética do Brasil e do mundo”, disse.
Ele destacou que o alcance recentemente do Brasil, de 33 GW de potência instalada equivale a duas hidrelétricas “”do tamanho da Itaipu.
Evangelhista lembra que, recentemente, o Brasil atingiu 33 GW de potência instalada só na geração distribuída. “São mais de 3 milhões de sistemas instalados no Brasil inteiro pegando praticamente 100% dos municípios”.