
Gisele Bicalho, seja bem vinda de volta ao DM -créditos: Arquivo pessoal
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08-03-2025 às 09h00
Gisele Bicalho (*)
“Às vezes o coração, rasgado pela dor, vira retalho. Recomenda-se, nestes casos, costurá-lo com uma linha chamada recomeço. É o suficiente”.
Abner Santos
Pois, então! Esse é mais um recomeço dos muitos que já vivi. Dizem que os gatos têm sete vidas. Não sei se o mesmo acontece com os humanos. Se for assim, ainda me restam outras cinco. Duas já se foram. Agora, revigorada, me sinto pronta para expressar a minha mais profunda gratidão a todos que estiveram ao meu lado durante o período em que estive doente. A solidariedade, o apoio e o amor que recebi de minha família, dos amigos, dos colegas e até de desconhecidos, foram fundamentais para minha recuperação e bem-estar.
Agradeço a cada um de vocês o carinho, as palavras de conforto e as ações generosas que me deram força e coragem para enfrentar os desafios da doença. A presença constante e o interesse genuíno pelo meu bem-estar me fizeram sentir amada e cuidada.
Agradeço de coração a todos que me visitaram, me ligaram, me mandaram mensagens e me ofereceram ajuda em todos os sentidos. A bondade e generosidade de vocês não têm preço e nunca serão esquecidas.
Embora seja impossível citar cada um sei que cada gesto, cada palavra e cada oração contribuíram para minha recuperação e bem-estar, gostaria de destacar algumas pessoas, entre elas, Marcus Pestana, o amigo certo nas horas incertas. Sua presença constante e seu apoio incondicional foram fundamentais para mim não só nesse, mas em muitos outros momentos mais difíceis que já vivi em minha vida. Obrigada, meu amigo querido!
Padre Geraldo, quero deixar registrada aqui a minha gratidão. A sua generosidade e sabedoria fortaleceram minha fé e me ajudaram a encontrar conforto e paz. O senhor encurtou e solidificou a minha ponte com o Divino. E por isso, sou eternamente grata. Ah, não se esqueça de sorrir. O seu sorriso nos devolve a esperança.
Dr. Jaime, você foi mais que um médico; foi um anjo que me deu mais uma chance de viver. Sua habilidade e dedicação profissionais, combinadas com sua compaixão e empatia, foram fundamentais para minha recuperação. Agradeço ainda ao Dr. Igor, à querida Karina, enfermeira que em seus raros momentos de folga me trouxe conforto; à Soninha e Graziella, anjos da SMS de Conceição do Pará.
Ao Sindicato dos Jornalistas, à Casa do Jornalista, ao grupo de publicitários “Veteranos da Amizade”, aos Filhos da PUC, a todos os que se mobilizaram em apoio a mim, o meu muito obrigada.
Aos meus irmãos, irmãs e cunhado, o meu amor eternizado na nossa rotina. Jacq, que abriu mão dos seus projetos pessoais para cuidar de mim 24 horas por dia; ao Ricardo, Denise, Gilda, Gyslaine, Lulu e Beto, esses dois à distância, mas sempre tão próximos; à Ana Dulce e aos meus sobrinhos e sobrinhas, ao meu amado cunhado João Cabral, “uber” de luxo, que não mediu esforços para me levar para internação, infinitas consultas e exames; e à Nana, nossa irmã do coração. O amor, apoio e solidariedade de vocês me deram força e coragem para enfrentar os desafios da doença. Sou muito grata pela família que tenho. Um presente de Deus.
Para não me estender mais, digo que hoje “sou feita de retalhos. Pedacinhos coloridos de cada vida que passa pela minha e que vou costurando na alma. Nem sempre bonitos, nem sempre felizes, mas me acrescentam e me fazem ser quem eu sou. Em cada encontro, em cada contato, vou ficando maior. Em cada retalho, uma vida, uma lição, um carinho, uma saudade. Que me tornam mais pessoa, mais humana, mais completa. E penso que é assim mesmo que a vida se faz: de pedaços de outras gentes que vão se tornando parte da gente também. E a melhor parte é que nunca estaremos prontos, finalizados. Haverá sempre um retalho novo para adicionar a alma. Portanto, obrigada a cada um de vocês, que fazem parte da minha vida e que me permitem engrandecer minha história com os retalhos deixados em mim.
Estou inteira em cada frase desse texto escrito por Cris Pizzimenti. Hoje sou e me sinto assim, como parte de uma imensa e colorida colcha que é a minha vida. Os retalhos deixados em mim engrandecem a minha história. Que eu também possa deixar pedacinhos de mim pelos caminhos e que eles possam ser parte das suas histórias. “E que assim, de retalho em retalho, possamos nos tornar, um dia, um imenso bordado de “nós”.
Obrigada! Que Deus em sua infinita bondade recompense a cada um. Que assim seja!
(*) Gisele Bicalho é jornalista