Tudo por aqui, e em volta, era deles… Então, precisaram sim e muito. Estão cuspindo no prato que comeram. Nenhum outro lugar no mundo era mais seguro a eles que as bases que nas nossas costas marítimas.
26-01-2025 às 09h14
José Altino Machado*
Após discursos, antes e durante, como entrevistas após a posse, já presidente (again) dos Estados Unidos da América, cheguei mesmo a firme convicção que se exigido fosse um exame psicotécnico para sê-lo, o reeleito não seria aprovado.
Certo que o senhor Biden, mostrou-se extremamente fraco para gerir uma nação daquele porte econômico, força militar e influência política mundial. Já aparentava mesmo algum sinal de senilidade.
Por isso, acredito, foi criada, bem parecido conosco, uma onda política opinativa vigorosa e “responsável” em sentido contrário. Acho que como aqui, lá também errou na escolha do personagem almejado a representar tais ideários.
Presidentes, não devem comandar, e sim presidir convocados conhecedores específicos de cada área.
A pessoa tão somente militante político se torna prisioneiro do voto e péssimo administrador. Só jogando para torcida… a que o escolheu, perdoa tudo, até a ignorância. Contrários, como gosta o Lula, “que se fodam”, manda para o STF.
Sou de Governador Valadares. Isto, isto mesmo. Aquela da qual muitos seguem para os Estados Unidos. Paradoxalmente, por lá, fizeram campanha para o homem. Que trumpalhada!!!
Vitorioso, em resposta a uma jornalista brasileira que inquiria sobre as relações Brasil-USA, respondeu:
“Eles precisam de nós, não nós deles”. Disse isso fazendo aquele biquinho de chupador de canudinho…
Um pouco de história e conhecimento não faz mal a ninguém. Historicamente, foi este meu município latino-americano que prestou o maior auxílio, com serviços e bens, aos aliados durante a segunda guerra.
Minérios ferrosos, quartzos, micas (malacachetas) e base aos americanos (centenas delas) para reforma da ferrovia que escoava todos estes insumos aos esforços de uma guerra que não era bem nossa.
Tudo por aqui, e em volta, era deles… Então, precisaram sim e muito. Apenas agora estão cuspindo no prato que comeram.
Nenhum outro lugar no mundo era mais seguro a eles que as bases que estabeleceram em nossas costas marítimas. Segundo consta, seguranças tantas e com muito tempo tranquilo, adoravam as casas de mães Joanas abertas para atendê-los.
Por sinal à época, em função deles e seus dólares, Valadares possuía a maior zona boemia do interior brasileiro.
Oxente, até eu cheguei aproveitar dela.
Hoje, por aqui sequer se acham profissionais pedreiros e tantos outros para serviços gerais. Acho que tais trabalhadores andam faltando em todo Brasil afora. Todo mundo “GO BUILT AMÈRICA”. Daí o tamanho da tragédia essa deportação em massa não seletiva, soprada por ventos xenófobos.
Aquele país, de mão de obra local cara e elitizada, vai a recessão. E o famoso falastrão, herdeiro de coisas prontas, também primeiro presidente americano a sofrer condenação na justiça, ainda com prepotência, diz não precisar de “nóis”.
Então, este novo Arcanjo ou incendiário Lúcifer, que se cuide, a casa de branco poderá ficar escura a ele, e ficará sem gelo da Groelândia para seu whisky ou sem carne dos brasileiros para seu churrasco.
Aliás, eles são consumidores necessitados de tudo. Me recordo de quando perguntado por que enviava tanta droga aos Estados Unidos, um notório e famoso traficante respondeu com uma pérola comercial
“… Porque eles compram e pagam”.
Aquela maleta vermelha que carrega o presidente dos Estados Unidos ou que carregam para ele, não pode, em seus botões, dar acesso a ansiosos e emotivos dedos, muito menos daqueles bastantes bravateiros. Vai que endoida…
Lá do longínquo oriente, nos vem a China. Está incomodando todo mundo e todos governantes. Silenciosos e fleumáticos, jogando sempre a interesses da Nação, nunca de seus mandatários. Por sinal, esbanjam humildade.
E com esta modéstia lá vão ocupando “pacificamente” todo o mundo; sem muito aparecerem. Nada de China “first” nem “great”. Only business and money… nada mais.
E agora, discretamente a melhor conforto de entesouramento e para estarem sem nenhuma dependência ou controle de concorrentes emissores de moedas mundiais, buscam juntamente com aliados russos, turcos e países árabes, simplesmente “desmonetizam” o mundo de suas usuais moedas e para isso usando o famoso e histórico metal: o OURO.
Todos eles com bons e elevados estoques, já assinaram com países produtores de petróleo, pagamentos em moedas próprias, e se quando queiram os recebedores, permutadas por ouro. Árabes agradeceram, pela nova moeda planetária…
Atualmente, são os maiores compradores mundiais do metal dourado. Forte domínio comercial na Venezuela, na Guiana e na Guiana Francesa. Aos de nossas fronteiras, só perdem para determinada facção criminosa brasileira, no vizinho Suriname.
Na África nem precisa dizer. Baixam os panos, atropelam até ingleses e africâneres.
E o Brasil se tornou um temido grande fiel na balança produtora. Por serem ainda uma incógnita seus incomensuráveis depósitos.
Porém, europeus, sempre eles, deram pela coisa. Seculares controladores mundiais de matérias primas, perceberam o que lhes escapava entre dedos. E eles não tem mesmo mais onde acorrer, nem mais força para tomarem a si, os bens alheios, como velhos corsários.
Ingleses murcharam. Até o primeiro-ministro deles é descendente dos antes dominados indianos. Gandhi…acertou.
O Rei deles, cabra frouxo, tornou-se interessado ambientalista, “protetor” da Amazônia e de seus tesouros. Com fragatas poucas, sem as costumeiras canhoneiras que adoravam fazer singrar as águas do Amazonas, com a celebração próxima do dia da adesão, preferem em desculpa ao passado, promover saraus baratos tingidos de verde.
Se não com tanto dinheiro, mas explorando vaidades, apenas isto, seguem aliciando governantes brasileiros e brasilienses.
Sobrou, então, para o presidente francês, descendente de Édipo. E o moçoilo de barba bem escanhoada, a poder de óleo de peroba, sabedor da fome financeira daqueles que governam e não sabem fazer produzir, propõe e consegue firmar acordo para combater na Amazônia o garimpo ilegal de OURO.
Este e somente este, como determinado pelo ex-ministro supremo, no MJ.
Na Amazônia, há garimpo de tudo, até de madeiras, cassiterita (estanho) e inclusive os estupendos, tocados pelos indígenas Cinta-largas e Suruís, de diamantes.
Não interessou, haverá que ser, tão somente os de ouro…
Curioso que, ao findar a década dos 80, deputado à Assembleia francesa, tentou aprovar projeto de preservar o interior do estado francês guianense para a “humanidade”. Não chegou sequer próximo de sua aprovação. Maior contexto, que isto jamais seria feito sem saberem o que lá continha.
Entretanto, anos recentes, proibiram explorações oceânicas petroleiras em territórios ultramarinos. Principal argumento lhes foi levado pelo exemplo inglês, ao se livrar da dependente, pobre e cara a eles, Guiana. E hoje está riquíssima.
Se preveniram com a possibilidade de sua Guiana, também se tornar economicamente forte, passando a pleitear independência política.
Macron já deu chilique querendo fechar garimpos e mineradoras naquele estado de France. Nada conseguiu… administradores locais fortes. Fronteira para cá, mais fracos, aqui prefere, depois de tanto bagunçar a própria sede europeia.
Amazônia, entre as dez palavras mais publicadas no mundo, traz repercussão internacional e está sob ordens de paus mandados brasileiros, que nenhuma visão ou conhecimento tem da cultura, da economia regional e muito menos da mundial.
Se honestas as razões, ficamos todos a perguntar. Temos tantos excelentes geólogos. Na América Latina tivemos a primeira escola de curso superior e ofertando engenharia de minas, por que não ensinar, educar e permitir trabalhar a quem descobriu e já está na atividade? Por que não reconhecer seus direitos e legalizá-los como manda a Constituição?
Também correto e inteligente seria juntar aos que fazem aqueles que melhor sabem fazer.
Estes homens, profissionais mais que centenários, agora vistos “malvados”, estão rareando no Brasil. Todos os vizinhos, até a França que para eles perdeu o Amapá, os tem levado.
Presepadas de governantes estrangeiros, narcisistas e edipianos em uma semana é dose dupla, sendo duro e de difícil tolerância. O Brasil não é burro, somente algumas pessoas o são.
Belo Horizonte/Macapá
*José Altino Machado é jornalista