Acontece, no caso de Belo Horizonte, é que ainda não tivemos nenhum administrador que tratasse de oferecer bem-estar para a população, que afinal de contas é quem paga a conta.
16-01-2025 às 08h01
Direto da Redação
Simplesmente noticiar os estragos ocasionados pelas chuvas em Minas Gerais e também enumerar a quantidade de mortos, jamais sensibilizarão as autoridades a resolverem definitivamente os problemas urbanos, porque as chuvas não têm nada a ver com tudo isso.
É sabido que 63 cidades mineiras estão em situação de emergência. Ipatinga e Divinópolis foram afetadas com enchentes e outros problemas mais. De modo que atualmente, segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, 3.333 pessoas foram desalojadas ou desabrigadas.
É muito fácil para os administradores culparem as chuvas, mas elas simplesmente caem e não sabem se causam problemas. Os administradores são os responsáveis porque não prepararam e não preparam as cidades para receberem as águas e demonstrarem a gratidão porque são como dádivas do céu.
Ai de nós se elas não caíssem. As chuvas desta temporada demoraram a chegar, e quem viveu sentiu o sufoco que passamos. Sem chuvas os rios secam, as plantações morrem e tudo vira deserto.
E por mal dos pecados, as autoridades ouvem, mas não escutam; leem as notícias e veem as publicações e não tomam as medidas necessárias para entender o recado das chuvas. Não são elas que têm de se adequarem às cidades ou ao “modus vivendi” humano. Nós humanos é que temos de nos adequarmos às chuvas.
Acontece, no caso de Belo Horizonte, é que ainda não tivemos nenhum administrador que tratasse de oferecer bem-estar para a população, que afinal de contas é quem paga a conta. Evidentemente que a capital carece de obras urbanas, mas antes de tratar delas, os administradores tinham de cuidar das pessoas.
Tristes são as cenas que se tornaram lugar comum nas ruas do Centro da cidade, onde se veem gentes humanas vivendo nas calçadas, como se fossem lixo. Antes de se construir edificações – ou senão concomitantemente – as autoridades tinham de resolver essa questão social, uma ferida aberta que sangra e diminui a todos nós viventes de uma situação melhor.
Em meio a essa gente há muitos que podem ser examinados e levados a trabalhar para, dignamente, se sustentarem. Para o número dos moradores de rua ter aumentado em 25% no País, conforme estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é um sinal claro de que o Social das prefeituras municipais está falhando ou precisa ser reforçado.