Nenhum presidente da República foi capaz de dizer por meio da mídia sobre as suas intenções e trabalho para atacar a fome e a pobreza, o que acaba deixando a riqueza assanhada
03-12-2024 às 08h57
Alberto Sena*
Considero-me sobrevivente do regime militar implantado em 1964 e durante 21 anos mudou para pior o curso do País, como se muda o leito de um rio da grandeza de um Amazonas, tamanho impacto.
Impacto tão grande que, ainda nos dias de hoje assistimos, estarrecidos, os detalhes de um plano de golpe militar urdido por personagens remanescentes do golpe de 64. Um plano que previa até o assassinato do presidente da República eleito, seu vice e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Mais ainda: diante da possibilidade de haver reação popular, eles já haviam planejado até um “campo de concentração” à moda nazista, de prisioneiros. Algo impensável em nenhum momento quanto a quilometragem das ideias que esse grupo de personagens encabeçado por um ex-capitão frustrado e sem cabeça.
O mais grave de tudo é ele não ter cabeça e ser seguido por alguns que se encaixam no dizer da sabedoria popular: o semelhante atrai o semelhante. Em outras palavras: o bem atrai o bem e o mal atrai o mal. Simples assim.
A Polícia Federal, que foi tão tolhida no governo do sem cabeça, está de parabéns porque fez uma apuração minuciosa provando o que essa “turma de aloprados” queria fazer para impedir a posse do presidente Lula, eleito pela terceira vez de modo o mais democrático possível.
Nenhum presidente da República foi capaz de dizer por meio da mídia sobre as suas intenções e trabalho para atacar a fome e a pobreza, o que acaba deixando a riqueza assanhada porque ela tem e quer mais, quanto mais, mais e o resto que se… dane”
Não é novidade alguma que a riqueza do País está nas mãos de poucos e que não querem dispor de nada para aliviar a dor de muitos. Não fazem reflexão e não são investigados para saber como é que ficaram ricos.
Será que todo rico ficou rico com o trabalho 100% honesto? A consciência de cada um pode até estar apitando, mas eles não suportariam uma investigação para apurar como amealharam o dinheiro que falta a muitos. No Norte de Minas, há vários casos que se enquadram nessa narrativa. Aqui em BH também.
Não me encaixo nas classificações de esquerda nem de direita e não sou partidário, nunca fui nem serei, mas tenho senso para dizer crer em Deus e abaixo Dele, como ser político, que se o fazimento da política praticada nos dias de hoje não mostrar ações destinadas à melhoria da qualidade de vida do povo, é necessário que esse mesmo povo reaja para destituir o poder do político governante.
Sou pela igualdade racial e vejo nela a beleza da constituição da raça brasileira, sem igual no planeta, composta de gente talentosa, criativa, alegre.
Sou pela justiça e contra a usura daqueles que só pensam neles, exploradores.
Sou contra a miséria humana.
Sou a favor da Educação, a começar no Lar, para todos e em todos os níveis.
Sou a favor da manutenção e melhoria cada vez maior do SUS, o maior e mais eficiente plano de saúde do mundo.
Defendo a busca dos remédios nos sacolões e mercados, com frutas, legumes, verduras e todo alimento saudável acessível a todas as classes populares.
Sou a favor do lazer ao alcance de toda pessoa, desde as crianças, os adolescentes, os adultos e idosos, com abertura cada vez maior de espaços próprios para todos se encontrarem e relaxarem.
Sou a favor da vida e contra as guerras.
Os ditos poderosos e que fazem guerras são literalmente seres usados pelo anticristo para destruir a humanidade.
Deus nada tem a ver com isso.
Refletir é necessário e trata-se de uma ação a alcance de toda pessoa. Refletir não faz doer o coração nem a cabeça.
O momento é para cada um buscar melhorar a si mesmo, interiormente, e ajudar aos outros que possam estar mergulhados – e por isso mesmo serão afogados – em um mar de maldades que bem demonstra o quanto de aberrações os humanos são capazes de construir de modo ilimitado.
*Jornalista e escritor